A maternidade do Hospital Dr. Radamés Nardini, em Mauá, passará por reforma completa e terá espaço exclusivo para partos normais. Os trabalhos serão iniciados em junho e contarão com R$ 5 milhões para a compra de equipamentos e reestruturação física, provenientes de emenda parlamentar da então senadora e hoje ministra da Cultura, Marta Suplicy (PT). O prazo para o término da intervenção é de um ano.

A primeira etapa da reforma será realizada na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) Neonatal e o Berçário, localizados hoje no quarto andar. A partir da semana que vem, ambos funcionarão no terceiro andar, onde devem permanecer até que a intervenção seja concluída.

O centro obstétrico será o segundo local a passar por obras e funcionará de modo provisório no centro cirúrgico, no quinto andar. Posteriormente, a reforma segue para o setor de patologia obstetrícia (onde mulheres que apresentaram problemas pós-parto ficam internadas) e do alojamento conjunto (onde as mães ficam com seus bebês).

Segundo o superintendente do Hospital Nardini, Morris Pimenta e Souza, a maternidade ganhará quartos PPP (Pré-parto, Parto e Pós-parto), destinados exclusivamente a mulheres que têm parto normal e natural (quando não há nenhum tipo de intervenção). "Hoje somos referência em procedimentos de alto risco. O hospital realiza entre 150 e 200 partos por mês, mas a expectativa é que esse número passe dos 250 com o acréscimo de partos de baixo risco", comenta.

A unidade hospitalar prevê ainda aquisição de equipamentos como ventilador pulmonar, aparelho de anestesia, bisturi elétrico, monitor multiparâmetros, incubadora neonatal, entre outros.

COLCHÕES

O Hospital Nardini realizou a troca de 100% dos colchões hospitalares. No total foram 260 unidades substituídas em UTIs (Adulto e Neonatal), pronto-socorro, clínica médica, clínica cirúrgica, berçário, maternidade, pediatria e psiquiatria. Na manhã de ontem, o prefeito Donisete Braga e a secretária de Saúde, Lumena Furtado, estiveram presentes em cerimônia simbólica para a troca dos últimos colchões.

"É importante que os pacientes tenham conforto. Trabalhar no processo de humanização da Saúde é uma marca que procuramos empregar, porque quando alguém doente é acolhido com carinho, sem dúvida alguma o estado emocional melhora", relacionou o prefeito.

Os colchões custaram R$ 42 mil, verba oriunda do Projeto Amigos do Nardini, cujo objetivo é estabelecer parcerias entre empresários e sociedade civil para captação de recursos para melhorias no hospital.

UPA Maringá será entregue em junho

A UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Jardim Maringá, que seria entregue neste mês, segundo o prefeito Donisete Braga, só abrirá as portas em junho.

De acordo com a secretária de Saúde, Lumena Furtado, o atraso ocorreu por conta de adaptações. "Foram feitas algumas mudanças no próprio projeto para que se possa acolher melhor as pessoas", justificou.

A quarta unidade de pronto atendimento, assim como as localizadas no Jardim Zaíra, Vila Assis e Vila Magini, será do tipo 2, com capacidade para atender até 300 pessoas por dia. O equipamento atenderá o eixo da Avenida Barão de Mauá, região com maior número de habitantes da cidade, com cerca de 130 mil moradores.

A construção da UPA Jardim Maringá foi iniciada em março de 2011, mas a obra foi embargada pela Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) sob alegação de que a área de construção era de proteção ambiental, o que impedia a regeneração natural da vegetação.

Após paralisação de oito meses e outra licitação, os trabalhos foram retomados em outubro do ano passado.

FALTA DE MÉDICOS

Em relação à falta de médicos nas UPAs, Lumena afirma que medidas estão sendo tomadas. "Aumentamos os salários dos médicos e procuramos fixar o profissional na cidade com conversas individuais e apresentando nossa proposta de mudança de trabalho nas UPAs. Hoje a situação está bem melhor do que há um mês", garantiu.

A Prefeitura informou que desde o início de abril, 24 profissionais foram contratados, sendo 14 clínicos gerais e dez pediatras, e que outras contratações serão feitas. Em média, o salário para área de urgência e emergência teve aumento de 23%. Um profissional chega a receber R$ 1.300 por plantão de 12 horas.