``O fundamental é que o processo eleitoral seja presidido por uma instituiçao ou uma pessoa digna de credibilidade, e este nao é o caso de Fujimori', disse Llosa em entrevista por telefone à rede CNN em Espanhol, direto de Porto Rico.
O escritor disse que Fujimori ``é o representante de um regime que conduziu a fraude eleitoral, que praticamente acabou com a liberdade de imprensa e com a legalidade, e transformou o poder Judiciário num instrumento do poder Executivo'.
Ele considerou ainda que os últimos acontecimentos ``nao sao tao surpreendentes porque o desmantelamento da ditadura era evidente e ninguém acreditava que iria durar mais tempo. Aconteceu de uma maneira inesperada, mas tenho a impressao de que tanto no Peru como no exterior ninguém pensava que o regime poderia durar mais tempo, após os últimos escândalos'.
Vargas Llosa reforçou suas críticas à Organizaçao dos Estados Americanos (OEA), a quem acusa de haver atuado com pouca energia para denunciar a fraude eleitoral no primeiro turno, de abril, e no segundo, de maio deste ano.
O escritor está viajando pela América Latina para apresentar seu último livro ``La Fiesta del Chivo'.
Vargas Llosa reiterou que se desligou da política ativa, e nao pensa em se candidatar nas novas eleiçoes.
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