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Morre o empresário Leon Feffer, do Grupo Suzano
Por Do Diário do Grande ABC
08/02/1999 | 12:06
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O empresário Leon Feffer, 96 anos, morreu durante a madrugada desta segunda-feira no hospital Albert Einstein. Ele já havia definido a sucessao no Grupo Suzano, que criou em 1923, colocando em seu lugar o filho Max Feffer, que há algum tempo já exercia executivamente a funçao. Leon Feffer é considerado um dos patriarcas da comunidade judaica no país, tendo lutado muito pela criaçao de Israel.

Na sua sala na Suzano, na Avenida Faria Lima, há um painel enorme com uma fotografia da cerimônia na Organizaçao das Naçoes Unidas, quando foi criado o Estado de Israel. Nessa foto aparece Leon Feffer, ao lado de personalidades como Ben Gurion, grande líder israelense.

Seu corpo está no Hospital Albert Einstein e será sepultado às 13 horas no Cemitério Israelita do Butanta. Leon Feffer também é considerado como um dos responsáveis pelo desenvolvimento da tecnologia para a obtençao da celulose a partir do eucalipto e posteriormente na produçao de papéis para imprimir e escrever com total utilizaçao desta fibra.

Ele chegou ao País em 1920, aos 18 anos. Além de Max Feffer, tem uma filha, Fanny, além de netos. Sua história se confunde com a da indústria brasileira de papel e celulose. Fundou em 10 de junho de 1923 a Companhia Suzano. Em 1995, a companhia chegou a posiçao de maior produtora de cartoes de alta qualidade da América Latina, com 32% da produçao nacional e líder do segmento de papéis couches, com 58% da produçao. Hoje a Suzano é controlada pela família Feffer com 100% das açoes com direito a voto e 64% do total das açoes emitidas. Possui 3 unidades industriais de papel e celulose, todas localizadas no estado de Sao Paulo, operando dentro dos mais modernos padroes de tecnologia de preservaçao e controle ambiental.

A matéria-prima florestal é fornecida pela Divisao de Recursos Naturais, composta pelas empresas Transurbes e Paineiras, que formam, administram, pesquisam e transportam a madeira até as unidades industriais. O grupo, nos últimos anos cresceu e diversificou sua atuaçao, sendo também importante na área petroquímica, onde tem atuaçao importante na Polibrasil, onde tem 50% do controle, com os outros 50% ficando com a Shell, sua parceira. Tem também participaçao no Pólo Gás do Rio de Janeiro, sendo uma das fundadoras da Rio Polimeros, que fará investimentos superiores a US$ 700 milhoes naquele Estado.




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