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Estudo sobre angina da Medicina ABC procura voluntários
Por Rodrigo Cipriano
Do Diário do Grande ABC
15/05/2005 | 15:01
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O primeiro sintoma é dor leve no peito. Com o passar do tempo, o mal-estar se intensifica diante de qualquer esforço físico e a dor que antes era restrita ao peito passa a se irradiar para o pescoço e o braço esquerdo. Dentro dos consultórios médicos, essa doença é conhecida como angina. Nessa segunda-feira, a Faculdade de Medicina do ABC, em Santo André, começa a desenvolver um estudo para testar a eficácia de um novo tratamento para esse mal.

Os testes terão duração de 18 semanas. Nesse período, os voluntários serão medicados com a nova droga e passarão por baterias periódicas de exames para avaliar a evolução no tratamento. Apesar do estudo ser experimental, o risco de efeitos colaterais é restrito, garante o cardiologista Adriano Meneghini, professor da Faculdade de Medicina e coordenador do estudo. Motivo: o remédio é aprovado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e já está disponível nas farmácias.

 "Nosso objetivo é verificar até que ponto vai sua eficácia", diz o médico. Ao contrário da maioria das drogas usadas no tratamento da angina, o novo remédio é um vasodilatador que atua diretamente no sistema nervoso central. As drogas tradicionais, à base de metabloqueadores e nitratos, agem isoladamente na parede arterial. A expectativa é de que até 15 portadores de angina estável colaborem com o estudo da Faculdade de Medicina do ABC.

O tratamento experimental é gratuito, mas para participar é necessário passar por uma triagem. "Todos devem ter sintomas da angina bem definidos", adianta o coordenador da pesquisa. As inscrições devem ser feitas de segunda a sexta-feira, das 9h às 16h, pelo telefone 4993-5468. Além da Faculdade de Medicina do ABC, outros centros médicos no Brasil também participam do estudo, que está centralizado na Europa, onde está a maioria dos voluntários da nova droga.

Apesar de já estar disponível no mercado, o nome do novo medicamento para tratamento e seu princípio ativo são mantidos sob sigilo.




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