Desentendimento entre o vereador de Ribeirão Pires Flávio Gomes (PPS) e seu ex-assessor Cristiano Guadanhi Oliveira acabou chegando às vias de fato na segunda-feira, levando as duas partes a fazer boletins de ocorrência na única delegacia da cidade.

Demitido em dezembro e hoje funcionário do PAT (Posto de Atendimento ao Trabalhador), Oliveira acusou o parlamentar de ficar com mais de 90% do seu salário – ele diz que recebia R$ 6.200 mensais. De acordo com os relatos de ex-assessor, quando Flávio não retinha diretamente o pagamento, ia com ele até o caixa para sacar o que faltava.

Conforme o relato de Oliveira à polícia, na segunda-feira Flávio foi até sua casa acompanhado de seu assessor Marcos Antonio da Silva. O encontro, no entanto, terminou em discussão, segundo o ex-servidor. Ele contou que o vereador pediu que ele assinasse um documento negando informações de que ele retinha parte de seu salário. Oliveira afirmou ter recusado a proposta e, na sequência, houve a troca de agressões físicas.

Já na versão de Flávio Gomes, o pai de Cristiano Guadanhi Oliveira, Samuel, seria um agiota para quem o vereador deve dinheiro e, por isso, estaria chantageando-o e “espalhando boatos”. Flávio chegou a afirmar em seu depoimento que Samuel tentou fazer com que o popular-socialista falasse algo que pudesse ser motivo de novas extorsões e que foi o filho quem iniciou a briga.

Samuel se recusou a comentar o caso. “Não tenho nada a falar sobre isso e ele (Cristiano) também não”. Da mesma forma, o vereador preferiu não se estender no assunto. “Já está sendo resolvido esse caso, eu já estou com respaldo de um advogado e como ele está resolvendo legalmente, eu prefiro não comentar.”