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Tudo igual: Atlético-PR e São Paulo ficam no 1 a 1
Marcelo Monegato
Do Diário OnLine
07/07/2005 | 00:27
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Tudo igual no primeiro jogo da decisão da Copa Libertadores da América de 2005. Na noite desta quarta-feira, no estádio Beira Rio, em Porto Alegre, a 'raça' e a 'ofensividade' se equipararam e Atlético-PR e São Paulo ficaram no empate por 1 a 1. O matador Aloísio abriu o placar para o Furacão ainda no primeiro tempo, mas Durval, contra, fez a alegria paulista na segunda etapa. O jogo de volta acontece na próxima quinta-feira, no estádio do Morumbi.

Com a igualdade no placar, a decisão ficou mesmo para os 90 minutos finais, em São Paulo. Quem vencer, independente do placar, levantará o 'caneco' do principal torneio de clubes do continente. No entanto, é importante ressaltar que na final da Libertadores 2005 não existe a história de gol fora de casa valer dois, como ocorreu nas oitavas, quartas e semifinais do campeonato. Ou seja, qualquer empate (0 a 0, 1 a 1, 2 a 2, 3 a 3...) leva a decisão para a prorrogação. Caso persista o empate, os pênaltis definirá o campeão.

Antes de voltar a campo pela Libertadores, São Paulo e Atlético-PR têm compromissos complicados pelo Campeonato Brasileiro. Na intermediária 15ª colocação, o Tricolor joga neste sábado, às 18h10, no estádio do Morumbi, diante do desesperado Flamengo (19°). Por sua vez, o Furacão, que ocupa a lanterninha da competição com apenas três pontos ganhos em 30 disputados, faz o clássico paranaense da rodada diante do Coritiba, domingo, às 16h, no estádio da Arena da Baixada.

'Inspiração Gaúcha' – Talvez inspirados por jogar no estádio do Internacional, o Beira Rio, São Paulo e Atlético-PR realizaram um partida de muita marcação, força e pegada. No entanto, neste tipo de confronto, quem levou a melhor foi o Tricolor. Com Mineiro e Josué encostando nos homens de frente, os visitantes tiveram um volume de jogo no campo de ataque muito maior que o Furacão, que com Allan Baia e Cocito não conseguia descer com mais de cinco jogadores.

Porém, diante do equilíbrio apresentado entre os times nesta primeira partida, o destaque foi o jovem Diego. O goleiro do Furacão, que foi fundamental para segurar o ímpeto do Chivas de Guadalajara na segunda partida semifinal da Libertadores, no México, foi o principal responsável pela não derrota dos paranaenses. Depois de algumas intervenções no primeiro tempo, ele executou um verdadeiro milagre nos 45 minutos finais, quando, cara a cara com Josué, defendeu um chute a queima-roupa.

Placar: 1 a 1 – Apesar de apresentar um volume de jogo superior, o São Paulo não conseguiu traduzir sua vantagem ofensiva em gols. Quem aproveitou esse vacilo foi o Furacão. Aos 14 minutos, depois de ser muito pressionado, o Atlético-PR desceu em velocidade. Marcão lançou Fernandinho na direita. O jovem talento cruzou na área, a zaga Tricolor 'dormiu' e o experiente centroavante Aloisio se antecipou ao seu marcador para tocar de cabeça no canto esquerdo do goleiro-artilheiro Rogério Ceni.

Na seqüência, o São Paulo acordou e foi para cima. Os atleticanos, como já era esperado, recuaram, chamaram o adversário para o seu campo de defesa e começaram a descer em rápidos contra golpes. Entretanto, aos 29 minutos, o Furacão sofreu o primeiro susto. Júnior cobrou escanteio com muito 'veneno' pela direita do ataque paulista. A bola enganou o arqueiro Diego e bateu na travessão. No rebote, os jogadores das duas equipes bateram cabeça e a redonda acabou saindo pela linha de fundo.

A chance empolgou ainda mais o Tricolor, que passou a atacar de forma mais incisiva. Aos 39 minutos, Diego deu uma prévia do que seria capaz de fazer na partida. Mineiro, de fora da área, mandou o petardo. O goleiro, bem colocado, espalmou e mandou a bola pela linha de fundo. Acuado, o Atlético-PR passou a torcer para o árbitro uruguaio, Jorge Larrionda, encerrar a primeira etapa.

No intervalo, o técnico Paulo Autuori mostrou que tem o time na mão. Assim como fez nas partidas contra o Tigres, do México, e contra o River, ele acertou o time nos 15 minutos de conversa nos vestiários. O resultado deste 'bate-papo' apareceu aos sete (7) do segundo tempo. Júnior cobrou falta pela direita, Aloísio desvio e Diego, no puro reflexo, espalmou. No entanto, a bola encontrou no caminho a cabeça do zagueiro Durval, que, sem reflexo, acabou empurrando a redonda para o fundo do próprio gol.

Com o empate, o Atlético-PR foi obrigado a se abrir. O jogo então ganhou em emoção. No entanto, os atacantes dos dois clubes não estavam em noite inspirada. Aos 26 minutos, Cicinho desceu pela direita, levantou a cabeça e cruzou rasteiro para Josué, que entrava livre pela esquerda. O volante não teve a calma característica dos 'matadores' e chutou rasteiro. Diego, de forma espetacular, executou excelente intervenção. Já no fim da partida, depois de cruzamento do lateral Marcão, Lima cabeceou a bola, que passou raspando no poste esquerdo de Rogério.




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