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Once Upon a Time
Por Do Diário do Grande ABC
17/11/2014 | 07:07
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Essa semana terminei uma maratona diante de 22 episódios que compuseram a primeira temporada da série Once Upon a Time. Foi muito intenso acompanhar a jornada de Branca de Neve, João e Maria, Pinóquio, Grilo Falante, Príncipe Encantado, Rainha Má, Chapeuzinho Vermelho, o genial Rumpelstiltskin, entre outros.
Cabe, antes de tudo, contextualizar um pouco sobre a proposta da série, antes que algum leitor conclua que esse que vos escreve definitivamente enlouqueceu. A ideia de Edward Kitsis é trazer para os dias de hoje todas as personagens dos contos de fada. A turma chega por aqui graças a uma maldição e convive em pequena cidade norte-americana sem se lembrar, em sua grande maioria, quem verdadeiramente é. Aqui no Brasil, você pode acompanhar a série por meio da TV fechada, além de o conteúdo estar disponível em serviço de stream pago.
Mas eu trouxe esse assunto para cá não apenas por ter me divertido muito com as aventuras e angústias vivenciadas pelos nossos heróis em suas vidas passadas e presentes. O que penso que vale realmente discutirmos é a ousadia que temos testemunhado diante da releitura de histórias que passaram por inúmeras gerações, reforçando a mensagem de que o bem e o mal são verdades absolutas que fazem das relações – humanas ou fictícias – dois polos opostos que, ao fim, terão desfecho feliz e perfeito com um lado vencedor e outro derrotado.
Sem dar qualquer pista sobre a história, o que posso lhes afirmar é que temos neste seriado material diferente. Ninguém é totalmente bom ou ruim, o que nos faz refletir a partir de perspectiva bem mais complexa e questionadora diante das causas e consequências que se desenrolam capítulo a capítulo. Você vai pular do sofá quando se deparar com a história do Lobo Mau!
Aqui no País, João Emanuel Carneiro também pensou fora da caixa. Milhões de brasileiros que acompanharam a novela global Avenida Brasil puderam experimentar de forma inovadora e emocionante a possibilidade de vibrar – e se decepcionar – com as mesmas personagens repetidas várias vezes durante a trama, expondo imperfeições de ‘mocinhos’ e sensibilidade de ‘vilões’, sinalizando a telespectadores historicamente acostumados a roteiros previsíveis, que nos dias de hoje nada mais pode ser considerado definitivo.
A Disney também saiu do lugar comum se propondo a contar velhas histórias a partir de novos olhares. Vale muito a pena acompanhar com nossos pequenos a mensagem passada por Malévola e, claro, toda a beleza coroada pelo final, bastante distante do convencional, proposto em Frozen, maior produção da companhia em todos os tempos.
Com certeza as boas histórias continuarão fazendo parte de nossas vidas e sonhos, mesmo com finais não tão felizes. Até porque, vamos combinar: o que vale, de verdade, é o que se vive ao longo do caminho.
Era uma vez… 




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