O Montanha dá mais um passo, amanhã, na divulgação do seu último disco, Luz Solar Decifra, lançado em março.

O grupo andreense formado por Marcelo Fortunato (bateria, percussão e voz), Jean Gantinis (guitarra e violões), Vinícius Castelli (guitarra e violões) e João Leite (baixo) toca na Galeria Olido, em São Paulo, pelo projeto Rock na Vitrine. Junto deles, se apresentam as bandas Carro Bomba e Salário Mínimo.

"Faremos uma mescla, um resumo da carreira do Montanha. O show terá canções acústicas, com violão 12 cordãos, uma parte calcada no rock'n'roll mais pesado e duas canções do disco anterior", conta Fortunato.

As três apresentações prometem muito rock. E de muitas épocas. "Nosso som é mais fundamentado no hard rock dos anos 1970. O deles é mais moderno, dos anos 1980 e 1990".

O Montanha faz um som pesado, mas atento à qualidade das letras. Fortunato, que é responsável por essa parte da composição, se inspirou, nesse trabalho, em escritores latinos-americanos. "Gabriel Garcia Márquez, Ferreira Gullar e Pablo Neruda são algumas das referências que utilizei para criar as letras. Eu noto neles, em seus romances, poesias, sempre uma analogia com o contexto político dos momentos deles. Como sou engajado, procuro assimilar e passar paras as letras do Montanha", diz.

O realismo mágico das composições é revestido pelo "hard rock setentão", como diz Fortunato, pela aproximação com a música progressiva e o flerte, em certos momentos, com o psicodelismo.

As apresentações de cada banda, em média, durarão 30 minutos. "Esse show será uma degustação", conta o baterista, que completa que o pessoal da Secretaria de Cultura e da prefeitura paulistana estará por lá, analisando os grupos para possíveis futuros eventos. E serão, então, mais outros passos do Montanha rumo ao estrelato.

Rock na Vitrine - Show com as bandas Montanha, Carro Bomba e Salário Minímo. Na Galeria Olido - Avenida São João, 473, São Paulo. Tel.: 3397-0050. Amanhã, às 18h. Grátis.