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Paranapiacaba: Festival de Inverno registra recorde
Por Thiago Mariano
Do Diário do Grande ABC
27/07/2010 | 09:38
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Obstinação e paciência foram marcas de quem não quis ficar a esmo no último fim de semana do 10º Festival de Inverno de Paranapiacaba. Recorde de público de todas as edições, o domingo, segundo a Defesa Civil, chegou à marca de 35 mil visitantes na Vila - recorde também no público total: 110 mil pessoas nos seis dias de evento.

Anteontem, havia filas imensas para as atrações. Mas, no fim, valeu a pena. O festival, em conteúdo, evoluiu bem em relação ao do ano passado.

Na estrada, muita lentidão até o bolsão de estacionamento. "Demorei uma hora para percorrer um trecho de 3 km", disse o são-bernardense Carlos Prado. O Expresso Turístico não entrou em funcionamento durante o festival.

Os comerciantes ficaram satisfeitos. "Quem se preparou e investiu no comércio, não pode reclamar. Digo que as expectativas foram 100% superadas", afirmou Paulo César Ranger.

A partir das 14h30, quando o movimento ficou mais intenso e Bruna Caram abriu a agenda dos shows de peso. A cantora agitou o público com canções dos seus dois álbuns Essa Menina e Feriado Pessoal e atiçou o coro do público.

Nesse mesmo horário, já se formava a fila para a grande atração do dia: Maria Rita. Adriana Lopes e Katia Souza, de São Paulo, eram as primeiras da fila. "Chegamos e já viemos para cá. Queremos ver Maria Rita de perto. Ela é a dona do palco", disse Adriana.

No Mercadão, espaço destinado à programação do Sesc Santo André, a agitação tomava mais o entorno do espaço do que dentro. Um telão e uma caixa de som do lado de fora fizeram com que muita gente preferisse curtir o show na praça. No domingo foram dos andreenses Projeto Nave e Irmandade do Blues quem fizeram a festa na área.

O percussionista andreense Da Lua, com a banda Ladodalua, desde às 16h se preparava para entrar no palco do Clube União Lyra-Serrano. Marisa Orth, que acompanhava o músico, se encantou por Paranapiacaba. "É um lugar bucólico, parece europeu. Vou esperar a neblina baixar para ver se consigo dar uma volta sem muito tumulto", conversou a atriz.

O show de Da Lua, marcado para às 16h30, começou duas horas depois. A fila para Maria Rita já descia a rua do campo, passava pelo Lyra e seguia para longe. Muita gente trocou de fila e acabou perdendo o Ladodalua. "Da próxima vez que vier trago mais bebida, para ver se fico mais tolerante com essas filas", disse Wilson Zulin, de Santo André.

Quem ficou no Lyra não se arrependeu. "É impressionante o que Da Lua faz no palco, com todos aqueles instrumentos", vibrou Carolina Ramos, de Santo André.

Os atrasos, segundo o secretário de Cultura Edson Salvo Melo, já eram esperados. "Teve muito cantor que se aqueceu com o público, fez mais bis. Estava tudo dentro do previsto". Segundo o secretário, a boa grande nova dessa edição foi a mudança do palco principal do Viradouro para o campo de futebol. "Agora, o fluxo de circulação chegou a todos as partes da Vila", entende.

O trem turístico, grande promessa para o evento, que chegaria à Vila no domingo e acabou não chegando, segundo o secretário, não atrapalhou o evento: "Acredito que ele só somaria público. Não tenho confirmação de data, mas nos próximos dias ele será inaugurado".

Fechando a programação, a cantora Maria Rita subiu ao palco do campo pouco antes das 20h, com 50 minutos de atraso. Chegou lançando mão de Conceição dos Coqueiros e emendou com Santana. Após a quarta canção, Caminho das Águas, a imprensa foi convidada a se retirar por conta de uma ordem expressa da equipe da cantora. O final - visto por 11 mil pessoas, segundo a Defesa Civil - foi apoteótico.




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