O São Paulo reclamou do clima de guerra nos bastidores do primeiro duelo pela semifinal da Libertadores, diante do Inter, no Beira-Rio. Uma das reclamações é que não havia água quente no vestiário. Os jogadores precisaram seguir direto para o hotel. No entanto, o volante Rodrigo Souto não admite revide. "O São Paulo é grande. Não faria isso. Quanto ao problema da água, não podemos afirmar de quem é a culpa", A diretoria do Intre nega.

Nos arredores do Beira-Rio, antes do jogo, o ônibus dos paulistas virou alvo de pedradas. No aeroporto de Porto Alegre, na hora do embarque, alguns torcedores abordaram o presidente Juvenal Juvêncio para reclamar das péssimas condições no acesso ao setor dos visitantes no estádio. Segundo relataram ao dirigente, havia lama e mato no trajeto.

Apesar de tantos protestos, a preocupação imediata do São Paulo é outra: reverter a derrota de 1 a 0. O time de Ricardo Gomes terá de aplicar a diferença de dois gols. Nas cinco vezes que em levou a melhor nas semis do torneio sul-americano, o Tricolor saiu em vantagem. Na primeira batalha, venceu Barcelona do Equador (em 1992), Cerro Porteño (em 1993), Olimpia (em 1994, River Plate (em 2005) e Chivas (em 2006). Aí bastou administrar a vantagem na volta. Agora, a situação é diferente. Os são-paulinos carregam a obrigação da vitória - 1 a 0 leva tudo para os pênaltis. Se os visitantes marcaram um gol, os anfitriões terão estabelecer a diferença de dois gols no placar. É na base da superação que podemos chegar lá. É importante que a gente mostre mais força física", observou Gomes, ao insinuar a hipótese de usar jogadores mais fortes. Isso implicaria na entrada (desde o início, ao contrário do que aconteceu em Porto Alegre) de Cléber Santana. "Só disputamos o primeiro tempo. Podemos reverter."

Na opinião de Alex Silva, a influência da torcida no ambiente doméstico será fundamental para o São Paulo. "Estamos na briga. Vamos colocar o coração na ponta das chuteiras", disse o zagueiro.

Ontem, até o fechamento das bilheterias, haviam sido vendidos 38.920 ingressos dos 64.921 colocados à venda. Azul (sócio torcedor): R$ 50; Laranja (sócio torcedor); R$ 35 (esgotado); Vip Premium: R$ 224; Vermelha; R$ 70; Setores B e C: R$ 35.

Ricardo Oliveira cobra respeito
Ao retornar dos Emirados Árabes, Ricardo Oliveira já sentiu a responsabilidade que o aguardava no Beira-Rio, contra o Inter, pela Copa Libertadores. Agora, o centroavante se acha pronto para encarar a segunda briga da semifinal.

Ele acredita que o São Paulo tem condições de reverter as pequenas chances matemáticas favoráveis aos gaúchos.

"No futebol, sem visibilidade você perde o jogo e todo mundo ri. Em time de perfil vencedor não existe alegria na derrota. Queríamos ganhar (no Sul), mas gostei da atitude dos meus colegas que sentiram o baque. Também fiquei mordido e vamos dar o máximo em casa. Sei que o Morumbi estará lotado", prevê Oliveira, que não admite desânimo no grupo. "Falavam que tomaríamos goleada. É bom que nos respeitem. Nosso clube é copeiro. Todos verão." (Das Agências)

Inter fica sem Taison, mas ganha Tinga no duelo de volta
Taison, destaque do Inter no 1 a 0 sobre o São Paulo, sentiu uma fisgada na coxa direita e o técnico Celso Roth precisou substituí-lo. Assim, o meia virou dúvida para o jogo de volta. Para compensar, Tinga recuperou-se bem do edema na coxa direita e tem retorno assegurado.

Roth avisou que Taison, Tinga e outros titulares não enfrentam o Grêmio, domingo, no Beira-Rio, pelo Brasileiro. No entanto, é provável que o goleiro Renan esteja presente.

"A gente sabe do momento deles (do São Paulo), dos grandes jogadores que lá estão e tudo mais. Mas o Inter vai para vencer", declarou Roth. "É indispensável repetir a postura que mostramos em casa", emendou Taison.

Giuliano entrou na segunda fase para garantir o 1 a 0. "Respeitamos demais o São Paulo, mas não buscaremos o empate", concluiu.

Enquanto isso, o vice-presidente Fernando Carvalho admitiu que o lateral Kléber vai para a Alemanha após a Libertadores. (Das Agências)