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G-20 deve trazer propostas contra a crise
Por Bárbara Ladeia
Do Diário do Grande ABC
15/11/2008 | 07:00
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A cúpula do Grupo dos 20 encerra neste sábado mais uma rodada de debates sobre a crise financeira internacional. Um novo pacote de regulamentações deverá sair desse encontro, iniciado na tarde de sexta-feira.

Embora seja cedo para pensar em uma nova configuração da economia mundial diante de um cenário tão turbulento, o professor de Economia da ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing), Frederico Turolla, acredita que a maior expectativa do mercado tem relação com as futuras instâncias de negociação para o mercado financeiro. "Espera-se que a presença de grandes chefes de estado estabeleça novas bases de cooperação entre os países."

A criação de novas instituições multilaterais também pode estar em gestação na mesa do G-20. Segundo o professor, o avanço nas atuais condições de negociação nestes organismos, como o FMI, o BM e a ONU, certamente já é visualizado. No entanto, o anúncio da criação de uma nova instituição ainda não deve vir desta vez. "Todo o mercado teria uma surpresa se eles aparecessem como um novo órgão multilateral neste momento."

Este organismo que poderá nascer das próximas reuniões, segundo Turolla,teria como principal objetivo o fornecimento de "oxigênio" suficiente para que as principais nações afetadas pela crise pudessem passar por esse período de turbulência. "Seria uma espécie de FMI Plus ou FMI Mais, que tivesse competência para emprestar recursos da ordem de centenas de bilhões para os países de primeiro mundo."

FATO
"Mesmo sem a presença do presidente eleito Barack Obama, os líderes devem conseguir ao menos chegar aos pontos básicos de um plano de resgate da economia mundial", disse uma fonte que está acompanhando as negociações e pediu anonimato.

Diplomatas e economistas passaram a sexta-feira trancados em salas de reunião em Washington, costurando os últimos ajustes para o comunicado do G-20 Financeiro. Tudo indicava que haveria um consenso em relação à criação de um colegiado para supervisionar os 30 maiores bancos transnacionais, idéia que foi sugerida pela primeira vez pelo primeiro-ministro britânico, Gordon Brown.

O G-20 Financeiro, novo órgão de supervisão de instituições financeiras globais reuniria reguladores de vários países para supervisionar os 30 maiores bancos transnacionais. Seria uma maneira de monitorar bancos que operam em diversos países e supervisionar os riscos que eles estão assumindo.

 




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