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Casa Ronald terá R$ 681 mil para custeio

Instituição mantém 18 crianças e jovens que estão em tratamento contra o câncer na região

Por Matheus Angioleto
Especial para o Diário
10/10/2017 | 07:00
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 A Casa Ronald McDonald, em Santo André, que atende crianças e jovens em tratamento contra o câncer, foi contemplada com R$ 681 mil por meio da Campanha McDia Feliz deste ano. A quantia será utilizada para custear o funcionamento do espaço, que mantém atualmente 18 crianças e jovens e seus familiares, e demanda R$ 1,2 milhão por ano.
O dinheiro obtido com a venda de 49.816 bigmacs nos 32 restaurantes da região se somará ao conquistado em bazares e demais campanhas para arcar com a mão de obra dez funcionários e dar condições de trabalho a 150 voluntários. O espaço oferece, além de hospedagem gratuita para os pacientes e um familiar, cinco refeições diárias e apoio psicossocial.
O presidente da instituição, Nelson Tadeu Pereira, 70, revelou que pensa em projeto de revitalização para o local, orçado em R$ 300 mil. No entanto, o projeto depende da contribuição externa. No portal www.casaronaldabc.org.br é possível verificar as formas de ajudar. “São crianças como outras quaisquer. Procuramos interagir nos eventos enquanto convivemos neste período difícil. Todo trabalho que fazemos é para melhorar o índice de cura, que há dez anos era de 35% e agora passa de 80%”, relata.
A estudante de Psicologia Suzane Araújo, 30, veio de Macapá (Amapá) para o Grande ABC há um ano e três meses por meio de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) aérea. O objetivo era o tratamento mais rápido possível do filho Antônio Araújo, 15, diagnosticado com leucemia linfoide aguda. “Viemos em caráter de urgência e não pegamos nem os documentos, que foram trazidos depois pela minha mãe. São dois mundos completamente diferentes. A gente morava em área de preservação ambiental”, diz a mãe.
O garoto, que está na fase de manutenção da quimioterapia, com doses baixas de medicamentos, repete os exames de rotina a cada 15 dias. A alimentação regrada, sem comida industrializada, também faz parte do cotidiano do rapaz, que parou de estudar no 6º ano do Ensino Fundamental e pensa em se tornar advogado. “Sinto falta da família, amigos e primos. Queria voltar logo porque não me adaptei, apesar de aqui ficar com amigos e jogar videogame”, relata.




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