A Câmara de Ribeirão Pires decidiu deixar para a última sessão a discussão sobre o projeto de lei do governo de Saulo Benevides (PMDB) para cessão do terreno onde hoje está a antiga Fábrica de Sal para construção de shopping. Ontem, os vereadores adiaram esse texto, que estava na lista de votações, o que forçará para a próxima semana o veredicto sobre o assunto.

Pelo regimento interno e pela LOM (Lei Orgânica do Município), projetos dessa natureza não podem ficar pendentes de uma legislatura para outra. Ou seja, os parlamentares precisarão votar o projeto, mesmo que for para rejeitar o texto.

O presidente da Casa, José Nelson de Barros (PMDB), já avisou que não há clima para que essa sugestão seja aprovada. “Eu acho complicado (votar neste ano), muito difícil, porque não tem votos suficientes para aprovar. Pelo menos cinco vereadores são contrários (à proposta) e outros estão indecisos, não teria como ser aprovada”, afirmou o peemedebista ao Diário no início do mês.

O projeto de doação do terreno da Fábrica de Sal para a construção de shopping dominou a pauta dos vereadores neste ano. O texto original possibilitava ao futuro proprietário da área demolir a estrutura, que está em processo de análise de tombamento pelo Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico). O prédio, localizado no Centro Alto, foi fundado há 117 anos e abrigou o moinho de trigo mais antigo registrado no Estado.

Na visão de Saulo, a construção do shopping impulsionaria o comércio local. Ele disse que não havia outro local para instalação do centro de compras.