Cena Política Titulo
Rainha da Inglaterra
Por Do Diário do Grande ABC
31/10/2014 | 07:00
Compartilhar notícia


Existe o mito de que a rainha da Inglaterra não faz nada além, é claro, de exercer seu reinado que tem muitas atribuições. É Elizabeth II, por exemplo, quem pode convocar o Parlamento, sancionar os projetos de lei, conceder indulto e graça aos condenados, reconhecer a existência de novos países, assinar tratados internacionais em nome de seu reino e conceder honras de nobreza. Porém, na prática, quem trabalha para levantar informações, costurar apoios de outras nações, representa o Reino Unido em encontros diplomáticos e dialoga com o Parlamento é o primeiro-ministro, cargo ocupado atualmente por David Cameron. Voltando ao mito, há quem diga que no Grande ABC existem algumas ‘rainhas da Inglaterra’. Aqueles que tem status, e até certo poder, mas no fim das contas não resolvem nada. Nos corredores do Paço de São Bernardo corre que o secretário de Comunicação, Fábio Cassettari (PRB), preenche a maioria dos critérios para ser classificado, de maneira bem-humorada, como rainha da Inglaterra. Na teoria, o republicano comanda o setor, mas não dá um passo sequer sem a autorização do prefeito Luiz Marinho (PT).

Suas atitudes também dependem de aval da secretária de Planejamento e Orçamento, Nilza de Oliveira (PT), mulher do chefe do Executivo. Cassettari só estaria na cadeira para assinar as ordens que lhe são conferidas. Nada mais. E tem muito mais rainhas da Inglaterra por aí.

Briga boa

Disputa pela presidência da Assembleia Legislativa, em março, será acirrada. Fernando Capez (PSDB) entra na briga com a bagagem de deputado estadual mais votado de São Paulo. Vaz de Lima (PSDB) também coloca seu nome à disposição do grupo para ser analisado. A seu favor está o fato de já ter gerenciado o Parlamento paulista. Alguém mais?

Culpa da imprensa

Os petistas do Grande ABC ainda tentam entender a derrota, na região, nas corridas estadual e presidencial. Muitos têm arrumado desculpas. A última foi do PT de Santo André. De Montorinho, ontem, na Câmara. Disse que a imprensa foi parcial, com mais críticas ao Partido dos Trabalhadores e elogios descarados ao PSDB. Uma análise que outros já fizeram, repetitiva e sem criatividade. Seria pedir muito que faça avaliação com conclusões mais realistas do que essa, vereador? Foi discurso sem real teor. Mas para isso teria de haver altivez para fazer mea-culpa. Um predicado difícil de ser alcançado, principalmente por políticos ultrapassados, sem capacidade de reciclagem e evolução limitada. Longe de ser o caso de Montorinho, um dos petistas mais ativos e dinâmicos da cidade. Por isso sua fala gerou tanta surpresa ontem no Legislativo.


Com moral

Vereador licenciado, o recém-nomeado secretário de Cultura de Santo André, Tiago Nogueira (PT), mostrou desprendimento e tem sido visto com bons olhos entre os companheiros. Ele recebeu missão de trabalhar até o fim do mandato no Executivo e abrir mão de disputar de novo cadeira na Câmara. Aceitou, confiando no projeto de reeleição do prefeito Carlos Grana (PT).  




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;