Uma assembleia hoje às 16h realizada pelo Sindicato dos Químicos do ABC decide se cerca de 1.600 funcionários da Colgate, empresa de produtos de higiene pessoal de São Bernardo, entrarão ou não em greve a partir de amanhã. Procurada pela reportagem, a empresa não quis se pronunciar sobre o assunto.

"Esperamos que antes disso a empresa se pronuncie a favor de nossa proposta", avaliou o diretor do Sindicato dos Químicos do ABC, Wanderley Salatiel. Os trabalhadores lutam por reajuste do PPR (Programa de Participação nos Resultados).

Em assembleias realizadas nas últimas semanas, os trabalhadores optaram por paralisar as atividades como forma de pressionar a empresa.

O sindicato também protocolou, no dia 22, documento de estado de greve. A Colgate tinha 48 horas para se pronunciar, mas as negociações não avançaram.

Segundo Salatiel, a principal reivindicação dos trabalhadores é que o benefício seja pago de forma igualitária. "Hoje, o PPR é pago com base em três faixas salariais e quem possui maior salário acaba sendo beneficiado", explicou.

A Colgate, uma das líderes no segmento em que atua no País e no mundo, possui 1.600 trabalhadores na planta de São Bernardo, que são responsáveis por produzir aproximadamente 15 toneladas de produtos de higiene pessoal por mês.

"A empresa alega que não tem como melhorar a proposta de PPR, porém, não existe crise nesse setor, pois tomar banho e escovar os dentes é essencial", lembrou o sindicalista.