Esportes Titulo Copa de 2014
CBF e Fifa prometem rigor com projetos das cidades escolhidas

Seminário que será organizado pela entidade mundial no Rio promete ser 'quente' e com trabalho duro e cobranças

02/06/2009 | 07:00
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Passado o anúncio oficial das sedes da Copa do Mundo de 2014, começou a fase de cobrança. O seminário que será organizado pela Fifa, entre os dias 8 e 10 deste mês, em um hotel do Rio de Janeiro, com a presença de representantes das 12 cidades brasileiras eleitas domingo, nas Bahamas, promete ser quente. Afinal, vão ser analisados todos os projetos e alguns sofrerão modificações, especialmente em relação aos estádios, conforme adiantou o presidente do Comitê Organizador do evento e da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), Ricardo Teixeira.

A maior preocupação de Ricardo Teixeira é a de não manchar ainda mais a sua imagem com um eventual fracasso na organização da Copa de 2014. Não quer ser o alvo central de críticas. Por isso, exige responsabilidade e trabalho duro das cidades para cumprir os prazos estabelecidos pela Fifa. Sabe que qualquer atraso no cronograma pode acarretar em multas e em um possível adiamento da conclusão das obras.

Apesar de ser uma competição totalmente distinta de uma Copa do Mundo, por diversas questões óbvias, os Jogos Pan-Americanos do Rio, em 2007, servem como exemplo, principalmente no quesito organização. Na ocasião, muitos equipamentos tiveram suas obras concluídas às pressas, sob acusação de falta de planejamento e com gastos acima do que foi orçado.

Pelo menos no discurso, a Fifa garante não tolerar esse tipo de erro de planejamento. No entanto, apesar de já ter manifestado preocupação com a possibilidade de alguns projetos para a Copa de 2010, na África do Sul, não ficarem prontos a tempo, a entidade descarta qualquer chance de tirar o Mundial do país africano.

"O congresso no Rio vai ser porrada", resumiu um interlocutor do presidente da CBF, certo de que alguns projetos precisam de ajustes. São Paulo já até se antecipou. Na luta para ganhar o direito de receber o jogo de abertura do Mundial, o projeto arquitetônico do Morumbi foi revisto. Vai haver mudanças no setor de imprensa e também na área vip - destinado a autoridades e convidados, em prol da melhor visualização do gramado -, principal critica feita pela equipe de inspeção da Fifa durante a visita ao estádio são-paulino, em fevereiro passado.

Uma fonte ligada à CBF afirmou que, para a Fifa, o Morumbi é o pior entre todos os estádios, inferior até a alguns que foram eliminados. Segundo essa mesma fonte, a capacidade que o São Paulo pretende atingir com a reforma no local (62 mil lugares e mais outros espaços, atingindo um total de 70 mil) não será possível e os vestiários são ruins.

Nos bastidores, dizem até que seria mais viável construir outro estádio, ao invés de reformar o Morumbi, e que São Paulo só não ficou fora por seu poderio econômico e pela boa rede de hotéis. "É claro que São Paulo não vai perder a sede, mas terá de dar um jeito. Ou reformar, atendendo todas as solicitações, que não são poucas, ou construir outro", afirma a fonte.

Caio Luiz de Carvalho, presidente da SP Turismo e coordenador da candidatura paulistana, se defende. "É difícil comparar com estádios que não existem, que estão só no projeto. Claro que você fará um projeto atendendo todas as exigências", explicou.




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