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Sereno admite que petistas erraram
03/07/2005 | 07:22
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O secretário de Comunicação do PT nacional, Marcelo Sereno, disse neste sábado, no Rio, que “a direção nacional do partido não está isenta de erro” na administração da crise e admitiu que ele, o tesoureiro Delúbio Soares e o secretário-executivo do partido, Silvio Pereira, “talvez tenham errado” ao deixar de depor no Conselho de Ética da Câmara, na semana passada. “Combinamos com o corregedor Ciro Nogueira (PP-PI) que iria apenas o (José) Genoino (presidente nacional do PT). Talvez tenha sido um erro porque não temos nada a temer”, disse.

Sem dar entrevistas desde que as acusações do deputado federal Roberto Jefferson (PTB-RJ) vieram à tona, Sereno falou neste sábado pela primeira vez durante ato contra corrupção convocado pelo Diretório Estadual do PT.

Ele justificou sua falta no Conselho de Ética depois de ela ter sido criticada no discurso do pré-candidato ao governo do Rio, Vladimir Palmeira. Os dois dividiam o palanque com outros prefeitos, deputados e dirigentes do PT, que não disfarçaram o constrangimento.

Em entrevista após o ato, Sereno admitiu conhecer o publicitário Marcos Valério, mas disse ter com ele apenas relações profissionais. Ele se recusou a dizer se sabia do empréstimo pelo PT de R$ 2,4 milhões do banco BMG, em 2003, do qual o publicitário teria sido o avalista.

Sereno confirmou ter participado de uma reunião com Jefferson, Genoino, Silvinho e Delúbio, para discutir alianças nas eleições municipais. Mas, ao contrário do que Jefferson afirma, ele negou que o PT tenha se comprometido a doar R$ 20 milhões para o PTB.

Ato – O ato do PT contra a corrupção, num clube da zona Norte do Rio, reuniu neste sábado menos de 10% dos 4.000 militantes no Estado e expôs o racha do partido. De um lado, o Campo Majoritário, representado por Sereno e pelo deputado federal Jorge Bittar, entre outros, e de outro, a esquerda do PT, minoria representada pelo deputado federal Chico Alencar e Vladimir Palmeira.

Enquanto Alencar dava entrevista criticando dirigentes do partido que supostamente teriam lhe pedido para “pegar leve” no depoimento de testemunhas da CPI acusadas por Jefferson, o representante do Ministério da Educação no Rio, William Campos, interrompeu os jornalistas para que ouvissem representantes do Campo Majoritário: “Vou interpelar ele para que diga quem são esses dirigentes. Deputado é profissão de segunda classe, o Chico Alencar só quer aparecer. Quero ver ele governar”, criticou.

Algumas das principais lideranças, históricas ou recentes, do partido no Estado faltaram ao ato de defesa do partido, no momento de sua maior crise, entre eles a ex-ministra Benedita da Silva, que estava em Brasília, o prefeito de Nova Iguaçu, Lindberg Farias, e o deputado federal e ex-ministro Miro Teixeira.




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