O técnico Muricy Ramalho não pretende deixar de escalar seu time B no Campeonato Brasileiro enquanto o São Paulo ainda estiver na Copa Libertadores da América, apesar da derrota de domingo para o Santos, por 4 a 0, no Morumbi. "Se eu vir jogador cansado, vou tirar", disse, referindo-se a seus titulares, poupados para enfrentar os mexicanos do Chivas na quarta-feira.

Isso significa que, se o São Paulo passar pelo Chivas e chegar à decisão da Libertadores, disputará seus dois próximos jogos no Campeonato Brasileiro novamente sem suas principais estrelas – contra o Botafogo no Rio, domingo, e o Goiás dia 13, no Morumbi. "Não perdi a confiança nesses jogadores (reservas). E aqui existe um planejamento. O São Paulo tem plantel para ir bem nas duas competições."

Apesar da derrota, o São Paulo segue líder, com 29 pontos. Na opinião do treinador, "o São Paulo jogou muito bem até os 40 minutos. Aí, tomou dois gols e sentiu demais. Não posso negar isso". Dentre os que atuaram, Muricy destacou Richarlyson. "Tem sido uma surpresa agradável como volante. Tem surpreendido pela força e movimentação", elogiou o treinador. "E é difícil a gente achar um volante canhoto. Um jogador assim pode dar liberdade para o lateral-esquerdo atacar mais."

Mestre Telê – Empolgado com Richarlyson, Muricy citou uma manobra tática muito usada por seu mestre, Telê Santana, no São Paulo bicampeão mundial no início dos anos 90. "O Telê fazia isso com o Ronaldão e o Leonardo. Um ficava mais e o outro atacava."

Muricy não encarou o resultado como derrota num duelo de técnicos. "Isso não existe. Durante o jogo, nem penso em quem está comandando do outro lado. Claro que durante a semana a gente imagina o que pode vir, principalmente pelo que ele (Luxemburgo) fez na carreira, mas o jogo é entre São Paulo e Santos."