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Obituário - 3 de agosto de 2021
Por Ademir Medici
Do Diário do Grande ABC
03/08/2021 | 00:01
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Bruna Amália Bechelli Vertematti

(São Bernardo, 18-9-1930 – São Paulo, 31-7-2021)

Bechelli, Vertematti, Bisognini. Dona Bruna foi uma legítima são-bernardense, nascida no distrito do Riacho Grande, outrora Linha Colonial Rio Grande. Ao nascer, a Represa Billings estava sendo formada.

 Em agosto de 2018, Dona Bruna gravou para a página Memória um lindo depoimento, durante encontro com outros antigos moradores de Riacho Grande realizado na Cantina do Aldo Rosa, em Riacho Grande. Seu depoimento foi publicado em 28 de agosto daquele ano.

Nasci aqui no Riacho, onde tem a represa hoje. Lá embaixo. Era uma barroca. Meu pai havia construído uma casa de madeira ao lado do Rio Grande, onde morávamos. 

 Minha mãe dizia:

– Não vão lá perto, que o rio corre e leva vocês embora.

Um dia meu pai começou a tirar as tábuas, pondo na carroça e levando para um ponto mais elevado. Minha mãe explicou:

 – Vamos mudar para lá da Estrada do Mar. Temos que sair daqui. Tudo isso vai encher de água.

 Saímos. Meu pai construiu outra casa de madeira, maior, na Estrada do Rio Acima. Lá funcionou o armazém e uma pensão. O pessoal que vinha do matão parava lá. Gente com febre amarela. Mulher que precisava dar à luz e não resolvia. Ficavam na pensão. Muitos morreram. Não havia recursos.

 A Revolução (de 32), a Guerra (de 1939 a 1945). Passavam soldados por aqui. Eu tinha medo.

 A lembrança boa foi a chegada do Papai Noel. Em determinado ano, meu pai trouxe bonecas (bonecões) de papelão para as filhas e sobrinhas e carrinhos para os meninos. Minha mãe recomendava:

 – Cuidem das bonecas, mas nunca deem banho nelas. Elas têm uma doença. Se derem banho, elas podem morrer.

Veio a Via Anchieta. A velha vila do Rio Grande foi promovida a distrito de São Bernardo. Deixou de se chamar Rio Grande (para não confundir com a Estação Rio Grande, de Rio Grande da Serra). Era para se chamar Lago Azul, mas o nome não pegou. Ficou Riacho Grande.

 Filha de Marino Arthur Bechelli e de Luiza Bisognini Bechelli, dona Bruna era casada com Sérgio Vertematti. Filhos: Ivonete Aparecida, Celso Honório e Daniela. Netos: Vanessa e Eduardo. Ela parte aos 90 anos. Cremada no Jardim da Colina.

Santo André
Sebastiana de Souza Lima, 98. Hatural de Monteiro (Paraíba). Residia na Vila Curuçá, em Santo André. Pensionista. Dia 29. Memorial Phoenix.
Maria Reis Alonso, 96. Natural de Botucatu (São Paulo). Residia na Vila Pires, em Santo André. Dia 29. Cemitério Sagrado Coração de Jesus, Camilópolis.
Olinda de Jesus Ferreira Cabrera, 90. Natural de Jaú (São Paulo). Residia na Vila Scarpelli, em Santo André. Dia 29. Cemitério Nossa Senhora do Carmo, Curuçá.
Augusto Armando Bechelli, 84. Natural de Santo André. Residia na Vila Alzira, em Santo André. Dia 29. Cemitério Cristo Redentor, Vila Pires.

São Bernardo
José Guilherme Filho, 87. Natural de Lindoia (São Paulo). Residia no bairro dos Finco, Distrito de Riacho Grande, em São Bernardo. Dia 28. Cemitério dos Casa.

São Caetano
Antonio Carlos Tibério, 67. Natural de São Caetano. Residia na Vila Palmares, em Santo André. Dia 29, em Santo André, e velado em São Caetano. Cemitério da Saudade, bairro Cerâmica.

Diadema
Sebastião Rodrigues do Vale, 84. Natural de Boa Viagem (Ceará). Residia no bairro Taboão. Dia 29. Cemitério Municipal.

Mauá

Edmilson Firmino Gonçalves, 42. Natural de Cajazeiras (Paraíba). Residia no Jardim Flórida, em Mauá. Dia 29, em Santo André. Cemitério Santa Lídia.

Ribeirão Pires
Silvio Pedroza Segovia, 77. Natural de São Paulo, Capital. Residia no bairro Santa Luzia, em Ribeirão Pires. Dia 28. Cemitério São Pedro, Vila Alpina. 




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