Após 18 horas de negociações online, terminou às 4h30 deste domingo o segundo ‘Leilão de Compra de Energia Existente’, com um giro financeiro de R$ 7,7 bilhões. O leilão de ‘energia velha’, como é chamada a energia produzida por usinas já instaladas no país, negociou o correspondente a 4% de toda a demanda energética das distribuidoras no Brasil. As geradoras venderam 93 milhões de MWh (megawatts/hora) para as distribuidoras, a um preço médio R$ 83,13 o MWh. A energia negociada será utilizada em 2008.

Na avaliação da ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff o leilão foi "bastante consistente" e o preço médio do MWh é "bastante competitivo e garante uma interrupção de reajustes tarifários explosivos ao consumidor". Isso significa que haverá aumentos de preço ao consumidor, mas não tão elevados como vinha acontecendo.

A ministra destaca que esse leilão inicia uma nova fase: "Assinala a tendência crescente, a possibilidade de expansão do sistema e da geração. Acredito que o leilão esgota uma fase, que é negociar energia existente velha, e agora inicia a segunda fase, que é contratação da energia nova. Fizemos uma transição de um momento em que não havia investimento para um momento em que vamos ter uma tarifa adequada e investimentos adequados."

O leilão da energia a ser utilizada em 2009 foi suspenso, por falta de oferta. Mas a ministra garantiu que o cronograma previsto para 2005 será mantido. "Vamos fazer ao longo do ano as contratações necessárias para atender 2008, 2009 e 2010. Esse modelo tem uma flexibilidade, ele permite que você faça alguns ajustes. A gente quer contratar o grosso da energia", informou.