Palavra do Leitor Titulo
A república sindical brasileira

Professores em greve, que compromete o ano letivo, policiais rodoviários federais em operação-padrão, policiais federais e fiscais aduaneiros...

Dgabc
18/08/2012 | 00:00
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Artigo

A república sindical brasileira

Professores em greve, que compromete o ano letivo, policiais rodoviários federais em operação-padrão, policiais federais e fiscais aduaneiros com paralisação parcial, caminhoneiros bloqueando as principais estradas do País. A população sofre e a economia é afetada em consequência do radicalismo dos movimentos, e não consegue vislumbrar solução para os problemas reclamados. Pelo contrário; no momento em que o governo reage diante do impasse com grevistas, as centrais sindicais, inclusive as aliadas ou parceiras do governo, passam a apoiar formalmente a greve e a criticar o ‘autoritarismo' governamental de suspender o ponto ou substituir grevistas.

As partes envolvidas têm de compreender que a paralisação das atividades é o ponto crítico, pois a clientela atendida pelos serviços - principalmente os públicos - prestados pelos grevistas não é culpada nem pode pagar pelo impasse. Que culpa têm os estudantes, que podem perder o ano pelas reivindicações não atendidas de seus professores? E a população, que passa a pagar mais caro pelo alimento em razão do travamento das rodovias ou das aduanas? E as empresas, que deixam de receber no prazo as mercadorias e insumos importados para sua produção?

O governo tem o dever de garantir o funcionamento dos serviços executados sob sua responsabilidade ou concessão. Deve buscar a negociação com a máxima urgência e no limite de suas possibilidades. Mas, quando isso não é possível, tem de fazer valer sua autoridade, mesmo que isso possa lhe render a impopularidade junto aos grevistas. No impasse, existe a Justiça para dirimir dúvidas e garantir o cumprimento das leis. O que não pode é a eternização da inatividade.

Nos centros mais desenvolvidos do mundo, os trabalhadores fazem apenas manifestação, onde levam sua reivindicação a quem de direito, e voltam ao trabalho, onde aguardam pela decisão. O outro lado entende aquilo como manifestação séria e faz a sua contraproposta, processando-se assim a negociação. A greve é o ultimo instrumento, pois traz prejuízos. Infelizmente, no Brasil tem vigorado a ideia da greve política, onde os reivindicantes buscam mais o confronto e a afirmação ideológica ou partidária do que a reivindicação. Via de regra, não existe sinceridade em nenhum dos lados.

Não podemos correr o risco de voltar à situação de república sindical. Em 1963/64 começou assim e, deu no que deu...

Dirceu Cardoso Gonçalves é tenente e dirigente da Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo.

Palavra do Leitor

Olimpíada

O desportista brasileiro tem por hábito colocar culpa pelos maus resultados obtidos em suas competições em tudo e em todos. Ora é o vento, a vara atrapalhou, a bola estava leve demais, a chuteira e o tênis não eram os mais adequados e por todos esses motivos e mais algumas outras bizarras desculpas não conseguiram obter seus intentos. Enquanto isso, nossos adversários, em condições idênticas, não só vencem as provas como batem recordes. Algo está errado nessa história ou não? Tomar gol com 30 segundos de jogo, saltar e queimar seus saltos, cair de bunda, mais uma vez, alegar cansaço na prova da sua vida não é azar ou coisa que valha, é falta de treinamento e atenção sim. Enquanto nossos atletas não se conscientizar que só chegarão às medalhas com muito treino e dedicação não adianta ficar arrumando desculpas esfarrapadas para os seus pífios desempenhos. Se não quisermos passar mais vexames seria bom nos mobilizar desde já para 2016 fiscalizando para onde estão sendo direcionadas as vultosas verbas dadas pelo COB às federações e como estão sendo usadas.

Mário Roberto Barbuti, São Bernardo

Resposta

Em atenção à carta do leitor Charles França (Ecovias, dia 12), a fiscalização da Artesp esteve no local e constatou os problemas apontados. A agência reguladora imediatamente acionou a Concessionária Ecovias - responsável pela limpeza e manutenção da passagem. Os serviços de lavagem, remoção de pichações nos acessos da passagem e iluminação foram executados no dia 14, dois dias após a publicação da reclamação do leitor.

Artesp (Agência Reguladora de Transporte do Estado de São Paulo)

João Paulo

O nobre João Paulo pegou a bagatela de R$ 50 mil no Banco Rural, que de rural só tem o nome, e foi pagar, através da sua nobre mulher, uma conta da NET após o horário de expediente do banco junto ao seu gerente. Os R$ 50 mil, claro que ele não sabia que eram do Mensalão do PT, a grande vergonha do século em matéria de política e ética? Por isso João Paulo pode ser condenado, pois os ministros não acreditaram nessa mentira deslavada! Além disso, como presidente da Câmara levou bastante por fora ou, como diz a música, por debaixo do pano. Que esse ético petista suma da vida pública e entre de cabeça na privada.

Antonio Jose G. Marques, Capital

Abuso

Faço coro e reitero a manifestação do leitor Álvaro Salvi (Irregularidade, dia 12), no tocante ao abuso cometido pelos políticos na exposição e divulgação das placas publicitárias. Realmente é vergonha o que está ocorrendo, nesse sentido, nesta época pré-eleitoral. A cidade acha-se inundada por faixas, placas, cartazes e cavaletes publicitários, que são colocados, de modo absolutamente aleatório e irresponsável, por todo canto, inclusive em locais de estacionamento regulamentado ou proibido, dificultando a locomoção dos pedestres e o tráfego de veículos pela via pública. Onde está a fiscalização, que pune apenas os condutores de veículos que, suposta e eventualmente, cometem pequenas irregularidades no trânsito e, desse modo, engordam os cofres públicos com a aplicação das chamadas multas de trânsito?

Sérgio Fernandes, Santo André

Nem cócegas

Levando em consideração o tamanho do Brasil, sua péssima malha rodoviária, ferroviária, os aeroportos e portos, que não comportam o movimento atual, investimento de R$ 16 bilhões durante cinco anos, totalizando R$ 80 bilhões, não fará nem cócegas na infraestrutura nacional. Se for seguir esse ritmo o País não poderá crescer absolutamente nada durante esse período, para daqui cinco anos começar a se aventurar a crescer novamente. Se crescer antes, a discrepância entre um Brasil moderno e dinâmico, contra outro velho e caquético irá continuar. Este pacotão serve apenas para fazer fumacê e encobrir o julgamento do Mensalão, já que nem o PAC 1 e PAC 2 conseguiram decolar até hoje.

Beatriz Campos, Capital 




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