"Eles colocavam sacos e trilhos nos corpos. Amarravam os trilhos de trem, imagino que para afundarem e os envolviam em sacos para que não fossem achados", detalhou.
Molina Herrera pertenceu à Escola de Suboficiais até 1974, ano em que passou ao Comando da Aviação do Exército como mecânico de helicópteros. Segundo ele, a função o obrigou a participar duas vezes das missões de despejo de corpos.
"O cheiro era impressionante. Parecia clorofórmio, ou... não sei qual injeção podem ter usado... Era um cheiro insuportável."
O testemunho de Molina Herrera ocorre no momento em que o governo do presidente Ricardo Lagos pretende indenizar os familiares de mais de três mil mortos e desaparecidos durante a ditadura do general Augusto Pinochet (1973-1990), no 30º aniversário do golpe militar de 11 de setembro.
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