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Cinco serao indiciados pela morte de estudante no Rio
Por Do Diário do Grande ABC
03/07/1999 | 15:25
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O delegado Eduardo Batista, da 10ªDP (Botafogo), que comanda as investigaçoes sobre o assassinado do estudante Marcel Massaro, 15 anos, morto após uma briga na Cobal do Humaitá, no Rio, disse neste sábado, durante o enterro do jovem, que cinco pessoas serao indiciadas pelo crime de homicídio: o menor D., o estudante Fábio Noroes, 19 anos, e outros três rapazes até agora identificados apenas como Joao, Dom e Peti. ``Já temos informaçoes que nos levam a concluir que o Fábio teria iniciado a briga com o Marcel. Apesar de também estar armado, ele deu apenas uma coronhada no menino. Quem deu o primeiro tiro foi o D. O segundo disparo teria sido do Peti', disse o delegado. Fábio Noroes e Joao, que foram reconhecidos por testemunhas, estao foragidos. Já Dom e Peti ainda nao foram sequer reconhecidos.

O clima era de revolta no enterro de Marcel, que foi baleado na madrugada de segunda-feira, na Cobal. Pais, parentes e amigos prestaram uma última homenagem ao menino, que foi sepultado no cemitério do Caju. ``Meu filho foi vítima de uma barbárie', desabafou o comerciante Rodolfo do Amaral, 54, pai de Marcel, que chorou muito durante o enterro. Filho único do segundo casamento de Rodolfo, Marcel tinha três irmaos, dois por parte de pai e um por parte da mae, Mariângela, que neste sábado estava desolada e nao conseguiu dar declaraçoes aos jornalistas.

Marcel cursava a sétima série do primeiro grau no colégio Plank Einstein, em Laranjeiras. ``Acho que nunca o vi triste', lembrou o amigo Fernando Bressane. Segundo os colegas, Marcel adorava ir à praia e jogar xadrez. Também nao dispensava uma ida à Cobal do Humaitá com sua turma de amigos de Botafogo. ``Ele era de paz', acrescentou outro colega, Leonardo Biscaia, que o conheceu por intermédio do irmao Bruno. Os três jogavam capoeira na Academia Akxe, na Barra. ``Ele também lutava jiu-jitsu', contou Leonardo.

Há seis dias, porém, Marcel foi surpreendido ao tentar defender sua amiga Júlia. Marcel levou um tiro depois de uma briga e foi imediatamente levado para o Hospital Miguel Couto, no Leblon. Pouco tempo depois, foi transferido para a clínica Enio Serra, em Laranjeiras, onde foi submetido a duas cirurgias. Marcel morreu na sexta-feira, após duas paradas respiratórias, em conseqüência de um choque neurogênico, que ocorreu em funçao de uma deficiência na medula, atingida pela bala.




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