Os deputados estaduais Atila Jacomussi (PCdoB) e Vanessa Damo (PMDB) firmaram compromisso para trabalhar em conjunto por demandas da cidade de Mauá. Ex-prefeituráveis de 2012, os dois mantêm expectativa de voltar a disputar o Paço, mas rechaçam que o acordo remeta ao pleito de 2016.

Esta é a primeira vez que os dois conversam formalmente desde 2009, primeiro ano após o término da gestão de Leonel Damo (PMDB), pai de Vanessa, na Prefeitura que tinha o vereador Admir Jacomussi (PRP), pai de Atila, como secretário de Obras.

“Deixamos as rusgas de lado e vamos trabalhar pelo povo de Mauá. A cidade não pode ser penalizada por disputa política. É nosso dever atuar em conjunto para conquistar investimentos do governo estadual”, definiu Atila. Já Vanessa, que teve a companhia do adversário e prefeito de Mauá, Donisete Braga (PT), de 2007 a 2012 na Assembleia, destacou que a parceria potencializa o trabalho. “Ajuda muito na busca pelos recursos. Precisamos garantir a instalação do Poupatempo de serviços e brigar por um AME (Ambulatório Médico de Especialidades), entre outras questões.”

O acordo entre os dois, entretanto, cria situação de desconforto na esfera municipal e sinaliza outros rumos para a eleição de 2016. Atila faz parte do governo de Donisete e controla a Sama (Saneamento Básico do Município de Mauá), na figura de Paulo Sérgio Pereira (PRP). Enquanto Vanessa se coloca como a principal opositora do petista.

De olho na aproximação da dupla, Donisete esteve na Assembleia no domingo, durante a posse da atual legislatura. O petista ficou em plenário tempo suficiente para rápida conversa com Atila, quando se cumprimentaram e o prefeito disse algumas palavras ao pé do ouvido. Donisete cobra que Atila formalize apoio à sua candidatura de reeleição, caso contrário pode exonerar seus apadrinhados no Paço.

“Continuamos no governo, não há mal-estar. Quando apoiei o Donisete no segundo turno de 2012 (contra Vanessa), fizemos um acordo programático com uma pauta de promessas que ele deveria cumprir. Precisamos repactuar essa pauta”, disse Atila.