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Polícia caça incendiário de casal
Luciano Cavenagui
Do Diário do Grande ABC
18/05/2005 | 07:47
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A Polícia Civil de São Paulo procurou nesta terça Mardone Gonçalves de Lima, 27 anos, na zona Norte da capital e nos bairros Itapark, Parque Capuava e Jardim Salgueiro, em Mauá. Ele é acusado de incendiar e matar o casal de namorados e moradores do Grande ABC Rafael Tiago Sartori, 22 anos, e Caroline Bonomi, 23.

Os policiais apuraram denúncias anônimas e visitaram alguns amigos e parentes de Lima. O delegado responsável pelo caso, Dilermando Queiroz, assistente do 42º DP (Parque São Lucas), na zona Leste de São Paulo, afirmou que a prisão poderia ser feita a qualquer momento. Até o fechamento desta edição, isso não havia ocorrido.

O delegado colheu ontem depoimento de três pessoas, incluindo o da mãe do acusado, moradora de Mauá. Nas declarações que prestou, a mulher tentou proteger o filho de todas as maneiras e não deu pistas do paradeiro dele. Os outros dois depoentes foram o policial militar chamado para atender a ocorrência e uma enfermeira do Hospital Municipal do Tatuapé, em São Paulo. Ambos confirmaram que as duas vítimas falaram, momentos antes de morrerem, que o autor do crime foi Mardone Lima.

“Além de denúncias anônimas de certa forma úteis, recebemos também muitos trotes. Mas acredito que a prisão do acusado será feita breve”, disse o delegado. Ao contrário do que a polícia informou anteontem para a imprensa, a prisão preventiva de Lima ainda não foi decretada pela Justiça, o que deverá ocorrer nesta quarta. O Ministério Público solicitou a anexação nos autos do pedido da prisão de depoimentos de algumas testemunhas, o que não havia sido feito até ontem.

O enterro de Sartori ocorreu nesta terça, no cemitério Curuçá, em Santo André. Ele e a namorada foram assassinados na madrugada de domingo em uma praça da Vila Califórnia, zona Leste de São Paulo. O motivo seria vingança. O acusado é ex-cunhado de Sartori e era impedido pela família da vítima de ver a ex-mulher e filha de 2 anos. Segundo informações das vítimas, Lima invadiu a casa onde estavam, no Jardim Salgueiro, em Mauá, amordaçou ambos e os conduziu até a praça. No local, jogou gasolina em Sartori e Caroline, ateou fogo e fugiu.

Também ao contrário do que a polícia havia informado ontem, Sartori trabalhava como técnico em telecomunicações, e não na confecção de uma irmã. A profissão de Lima também não está clara. “Uns dizem que fazia trabalhos temporários como servente de pedreiro, outros que era lutador de caratê. É um detalhe que não esclarecemos ainda”, disse o delegado.

Lima e a ex-mulher, Keli Fernanda Sartori, 23 anos, moraram juntos de 2000 a 2004. Nesse último ano do relacionamento, após uma briga, ele espalhou gasolina na casa e ameaçou atear fogo na residência. Meses depois, Lima foi detido após depositar cheques roubados em sua conta. Quando voltou, Keli e a família tinham mudado para Umuarama, no Paraná.




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