Grande aposta da Prefeitura de São Caetano para aliviar o tráfego de veículos na Avenida Goiás, hoje estimado em cerca de 100 mil veículos por dia, o projeto de implantação de uma faixa reversível em toda a extensão da via foi suspenso temporariamente pelo município.

Após um ano de discussões sobre o projeto, técnicos da Prefeitura apontaram, em estudo, que a proposta provocaria série de interferências no viário, que prejudicariam as conversões à esquerda em ambos os sentidos da via, o que segundo próprios agentes de trânsito, acarretaria em gargalos no viário do município.

“Percebendo-se que, as vias adjacentes (travessas) que cruzam a Avenida Goiás, receberá um fluxo muito maior de veículo, do que, circulam hoje, de tal maneira que o tempo de espera para cruzar a Goiás, será consideravelmente acrescido, provocando congestionamento no entorno”, cita um dos trechos do estudo preliminar elaborado pelo município.

O município cita ainda como justificativa da decisão a realização de investimentos necessários para implantação, com a operação de novos agentes de trânsito, placas orientativas, cones/cavaletes, alterações de semáforos e sinalização de solo.

Apresentada no início do ano passado, a medida previa que a faixa funcionasse em horários de pico como objetivo reduzir os congestionamentos na via, considerada uma das mais saturadas do município por servir de rota para motoristas que seguem sentido Capital e também para cidades da região.

A medida seguiria modelo já adotado na Radial Leste, na Capital, onde a faixa reversível funciona em horários de pico entre as regiões da Avenida Aricanduva até o Viaduto Bresser, na Zona Leste, reduzindo de maneira significativa o tráfego lento de veículos na região. Em São Caetano, a expectativa inicial era a de que o tempo de viagem de motoristas fosse reduzido pela metade com a implantação da medida.

Com a decisão da suspensão do projeto, São Caetano acumula agora três projetos de melhorias do tráfego da Goiás engavetados.

Em 2013, uma das soluções cogitadas foi a de proibir retornos e conversões à esquerda em alguns cruzamentos da via. As alterações, no entanto, foram descartadas pela ex-gestão chefiada por Paulo Pinheiro (ex-MDB, atual DEM).

O ex-prefeito engavetou ainda o ambicioso projeto para a construção de túnel sob a Avenida Goiás.