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Famílias lotam 'padocas' para o café de domingo
Por Camila Galvez
Do Diário do Grande ABC
08/08/2011 | 07:00
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Domingo é dia de dormir até tarde, ficar na preguiça e tomar café da manhã na padaria com a família. É quando as padocas do Grande ABC registram maior movimento. Algumas chegam a receber mais de 1.000 pessoas para degustar frutas, bolos, pães, queijos e outras delícias de dar água na boca.

Na Vila Pires, em Santo André, o casal Rose, 30 anos, e Rodrigo Rogante, 31, aproveitou o dia de ontem para passar mais tempo com o filho Enrico, de um ano e nove meses. "Durante a semana a gente quase não toma café da manhã. Cada um tem um horário diferente e às vezes só dá mesmo para beber um café", explicou Rodrigo.

Além da falta de tempo, o preço é convidativo, na opinião de Rose. "Comemos frutas, pão de queijo e bolos e pagamos R$ 23, nós três. É quase a mesma coisa que comprar estes itens para ter em casa, mas aqui não precisa lavar louça", afirmou.

O técnico em comunicação visual Maryson Soares Dias, 45, toma café da manhã todos os dias na padaria. "Mas venho correndo antes de ir para o trabalho. No domingo é diferente, tenho mais tempo para aproveitar a família", disse, acompanhado da esposa Fabíola Alves de Carvalho Pereira, 29, e o pequeno Bruno, 2. Conforme o gerente da unidade, Kennedy Carvalho Pereira, domingo é o dia mais movimentado. "Passam por aqui cerca de 4.000 pessoas, pelo menos 1.000 para tomar café da manhã", garantiu.

PRATICIDADE

A praticidade e a varidade são os fatores que levam cada vez mais famílias a tomar o desjejum na padaria. A de João Francisco Martin está há 45 anos no bairro Nova Gerty, em São Caetano, 20 deles com o bufê de café da manhã. Por R$ 18 por pessoa, é possível comer à vontade e provar quitutes como bolinho de chuva, suco de milho e, para quem prefere café da manhã estilo americano, linguiça, salsicha, ovos e bacon.

Até a atriz Cássia Kiss já passou por lá na época em que fazia teatro na Fundação das Artes. "Sempre dava um pão de mel para ela, que adorava", relembrou. Ali é possível encontrar desde casais a famílias inteiras comemorando aniversários. Daniela e Daniel Basso, ambos de 33 anos, levaram Marina, 1. "Ela chegou pedindo pão de queijo", comentou a mãe.

Como a menina passa a semana toda na escolinha, no domingo é a oportunidade de aproveitar o dia com os pais. "Começamos com o café da manhã, e ela adora", disse Daniel. Os filhos e netos de Olga Alli, 73 anos completados ontem, resolveram comemorar o aniversário dela no local. "Sempre venho aqui. É uma ótima oportunidade para comer bem e, principalmente, reunir a família", disse a senhora.

 

Estabelecimentos diversificam cardápio para atrair clientes

Em 20 anos, o número de famílias que frequentam a padaria de João Francisco Martin em São Caetano aumentou bastante. "Aqui a pessoa encontra de tudo, o café da manhã acaba substituindo o almoço", explicou. Os bufês das padarias da região passam longe do tradicional pão com manteiga e café e trazem opções saborosas que incluem bolos e pães diversos, além de muitas frutas.

A decoração também pode ser fator decisivo para atrair a clientela. É o caso de uma pequena padaria na Rua Amazonas, no bairro Cerâmica, em São Caetano. Ali, as mesinhas são decoradas com toalhas coloridas e pode-se optar por degustar o bufê, que custa R$ 15 por pessoa, do lado de fora do estabelecimento. "Em dias de calor passam por aqui cerca de 150 pessoas", afirmou uma das proprietárias do local, Ivete Leite.

A padaria não é apenas um lugar para se comprar pão: trata-se de um ambiente que reúne a família para uma pequena pausa na rotina. É a opinião do engenheiro Ricardo Zocchio, 34 anos. "É a oportunidade de estar mais perto dos meus filhos", resumiu.




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