Política Titulo LDO
Marinho prevê Orçamento
com alta menor que o PIB

Arrecadação prévia de São Bernardo para o próximo ano
é de R$ 4,56 bilhões, 2,07% maior que a receita de 2013

Por Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
24/04/2013 | 07:00
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O prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho (PT), apresentou ontem a LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) para 2014 com perspectiva de crescimento menor do que a projeção feita pelo Ministério da Fazenda para o PIB (Produto Interno Bruto) deste ano, de 3,5%. A arrecadação prévia da Prefeitura para o próximo ano é de R$ 4,56 bilhões, 2,07% maior que a receita de 2013, calculada em R$ 4,47 bilhões, contabilizando administração direta e autarquias municipais.

Marinho justificou a tímida alta das finanças de São Bernardo aos problemas no desempenho da economia nacional. "Por mais que a presidente Dilma (Rousseff) conduza muito bem a economia, aquecendo o mercado interno, o processo de crise global interfere. Não temos crescimento que nos dá segurança de receitas maiores, apesar de o Orçamento ser bastante razoável", avaliou.

O petista garantiu que o fato de o crescimento não ultrapassar as metas da União para o PIB pouco irá contaminar o andamento das obras em curso na cidade. Ele disse que eventuais atrasos em empreendimentos vão decorrer de características das próprias intervenções, como liberação ambiental em construção de conjuntos habitacionais em áreas de manancial, por exemplo.

Além da alta moderada, a LDO para 2014 apresentou também retração de investimentos em Urbanismo, de 17%, e Cultura, de 15%. Marinho justificou a redução de verba pela conclusão de projetos no setor. "São investimentos com mais características de Secretaria de Obras do que propriamente dessas Pastas. O Museu do Trabalhador, por exemplo, quando for concluído não vai demandar mais recursos para a execução da obra."

Somente com folha de pagamento, de acordo com projeção da LDO, a administração estima gastar R$ 1,2 bilhão, entre funcionários da Prefeitura, de autarquias e da Câmara. O Legislativo, aliás, tem receita avaliada em R$ 63,5 milhões, verba maior que o Orçamento do Paço de Rio Grande da Serra - em R$ 60 milhões.

Entre as autarquias municipais, o SBCPrev (Instituto de Previdência Municipal de São Bernardo) vai demandar R$ 398 milhões para o ano que vem. O Imasf (Instituto Municipal de Assistência à Saúde do Funcionalismo) tem Orçamento projetado em R$ 119 milhões, enquanto a Faculdade de Direito em R$ 26,8 milhões.

As duas Pastas com maior volume financeiro do governo serão Educação, chefiada por Cleuza Repulho, e Saúde, administrada por Arthur Chioro. O setor educacional ficará com aproximadamente R$ 588 milhões, ou 25,10% da arrecadação de impostos e de transferências. Dentro dessa fatia, há projeções de construção de seis escolas municipais e equipamentos para unidades já existentes.

No departamento de Saúde, a receita estimada é de R$ 479 milhões - 20,36% do bolo tributário do Paço. Entre os projetos destacados pelo prefeito para a Pasta está a finalização do Hospital de Clínicas, que teve seu prazo de entrega postergado pela terceira vez. Antes prometido para maio e novembro de 2012 e depois maio deste ano, a abertura do complexo hospitalar agora ficará para agosto.




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