Em meio ao marasmo verificado na agenda cultural da região, o Sesc, que tem unidades em São Caetano e Santo André, parece despontar como refúgio. As programações mensais conseguem trazer para cá espetáculos, shows e exposições de qualidade que o público paulistano está acostumado a encontrar. Além disso, as equipes de programadores locais têm desenvolvido cada vez mais projetos exclusivos, como a exposição Gigantes em Pílulas, em cartaz em 2009.

De acordo com o animador cultural da unidade Santo André, Thiago Freire, o sucesso da programação se deve principalmente ao caráter primordialmente educativo do Sesc. "Procuramos trabalhar com processos que vão além de um envolvimento isolado do público com o que é apresentado. Não é um mero agendamento", explica.

Freire deixa claro que trabalhos que têm à frente nomes já consagrados não estão banidos da rede Sesc. "Mas procuramos oferecer ao público nomes que não necessariamente tenham grande penetração em veículos de comunicação de massa", destaca.

Outros dois pontos que compõem a essência da programação do Sesc são diversidade (programas para diferentes faixas etárias e linguagens) e a possibilidade de provocar reflexão de alguma maneira.

O animador cultural trabalha na unidade há dois anos, mas conhece a região de trabalhos como professor e artista. "Há atividade cultural por aqui, mas o que atrapalha é a desarticulação regional", diz, ressaltando ser uma opinião pessoal.