Natália Fernandjes
Do Diário do Grande ABC
07/12/2011 | 07:00
Cerca de 200 moradores do entorno do Polo Petroquímico de Capuava participaram, ontem, de simulado de vazamento de gás realizado pela Braskem e Associação das Industrias do polo. Com duração de pouco mais de uma hora, a primeira ação do gênero na unidade Capuava serviu para treinar e avaliar a atuação dos moradores e trabalhadores em uma situação emergencial.
Apesar de a expectativa inicial da organização ser reunir 600 moradores, o gerente de Saúde, segurança e meio ambiente da unidade Braskem de insumos básicos do Sudeste, Carlos Alfano, não considera baixa a adesão populacional. "Temos de levar em conta que estamos no meio da semana e, por isso, muita gente deve estar no trabalho ou escola", avalia.
Ainda assim, Alfano considera necessária a conscientização das pessoas frente à importância de ação como essa. "As outras unidades de insumos realizam simulados anualmente e já fazia tempo que não tinha um aqui", destaca.
Segundo ele, o treinamento atendeu às expectativas projetadas. "Faremos reunião interna para avaliar nossos números e vamos elaborar plano de ação para melhorias", diz.
Segundo o diretor executivo da Apolo, Luís Almudi, as chances de ocorrer vazamento real são remotas, já que a empresa investe para evitar acidentes. "Caso acontecesse vazamento, o GLP não atingiria a comunidade, mas caso atingisse, os efeitos seriam mínimos", comenta.
Já o químico da Cetesb João Carlos considera que o vazamento de gás na Braskem colocaria a comunidade em risco. "Esse é um gás muito tóxico e que poderia trazer problemas, como o risco de explosão", diz. Nesse caso, a tarefa da companhia seria avaliar a concentração de gás no local e verificar a possibilidade de a população voltar ou não para suas casas. "Se esse gás estivesse confinado nas casas, a empresa teria de pagar hospedagem para esses moradores", observa.
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