O rebaixamento para a Série D do Campeonato Brasileiro foi extremamente doloroso para o Santo André. No entanto, o clube tenta considerar a queda como passado e visa futuro renovado, começando com planejamento totalmente diferente para 2013. Afinal, a partir da última semana de janeiro, o time já inicia a luta no Paulista da Série A-2.

"Viramos cinzas. Temos de ressurgir. Dos últimos oito campeonatos, tivemos quatro rebaixamentos. Ou seja: fomos do céu ao inferno em apenas quatro anos. Onde vamos parar? Chegou o momento de repensar, refletir, refazer e replanejar o futuro do Santo André", destacou o diretor de futebol Sérgio do Prado.

"É momento de reflexão muito grande a partir de hoje. Teremos de sentir na carne a mudança. Grandes mudanças têm que ser feitas aqui dentro. Agora é a hora. Estamos praticamente a três meses do campeonato. Essa reformulação, reestruturação, tem que ser na carne e imediata, agora", completou.

Assim como disse logo após o jogo contra o Macaé, que definiu o rebaixamento, o dirigente bateu na tecla de que Poder Público, gestão empresarial e Jaçatuba têm de se unir pelo Ramalhão. "O Santo André está doente. Temos de encontrar o remédio. Os médicos estão distantes e isolados, cada um falando uma língua, mas são eles que têm que encontrar o remédio. Prefeitura, Saged e Santo André, têm que se juntar pelo bem da cidade."

O elenco se reapresenta hoje e Sérgio do Prado terá encontros individuais tanto com a comissão técnica quanto com cada atleta. "Quando acaba o campeonato, normalmente no dia seguinte você conversa com os jogadores e fala se estão nos planos. Mas não é definitiva, é a primeira", afirmou.

"É reformulação geral. Alguns lugares têm que sair, outros não. O que deu certo fica. Como se começa um trabalho? Mantendo o que deu certo. Muito pouca coisa deu, mas o que está não vamos mexer. Temos de fazer com critério, sabedoria. Tem muita coisa que também não está certa e vamos reformular, pensando somente no clube, o foco é o Santo André. O barco afundou e todos afundaram junto. Alguns sobreviverão!", completou.

FUTURO
Segundo o dirigente, há pressa para definir o destino andreense. "Temos de definir nossa vida ainda neste mês. Então segunda-feira (hoje) é um começo e temos até quarta para resolver profundas modificações que têm que ser feitas já, de imediato. Entraremos em novembro com pensamento focado no futuro. O que está aqui não deu certo, está provado. Nosso presente não serve. Vamos remodelar tudo para o futuro, o mais breve possível, a cada dia. O ano de 2013 começou para nós agora", definiu Prado.

O dirigente não deu pistas sobre preferências, mas pelo menos dez atletas que estão emprestados devem retornar para os clubes, casos dos laterais César (União Barbarense), Alex (Ituano), Nequinha (Metropolitano-SC) e Luiz Augusto (São Caetano), do zagueiro João Paulo (Mogi Mirim), dos meias Rodrigo (Palmeiras B) e Bady (São Bernardo) e dos atacantes Borebi (Mirassol), Cadu (Guarani de Divinópolis) e Caihame (União Barbarense).