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Governo deve liberar até maio verba para cursos de qualificação
Leone Farias
Do Diário do Grande ABC
07/04/2004 | 00:49
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O Consórcio Intermunicipal do Grande ABC aguarda que até maio saia a liberação, pelo Ministério do Trabalho e Emprego, da verba de aproximadamente R$ 427 mil do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador) para que as prefeituras da região, em conjunto, ofereçam neste ano cursos gratuitos para desempregados ou trabalhadores com baixa renda e também escolaridade.

Os cursos são do Planteq (Plano Territorial de Qualificação) e devem compreender o total de 850 vagas nos sete municípios, para diferentes áreas, que vão desde a construção civil (eletricista, pedreiro, instalador hidráulico, entre outros), serviços de lazer e monitoramento de turismo até técnicas relacionadas aos setores plástico, moveleiro, cosmético, automotivo e comercial.

Depois da aprovação de uma proposta inicial, no último dia 26 de março, o consórcio encaminhou nesta terça o projeto detalhado, com as cargas curriculares e a documentação exigida, para ter o aval para as aulas neste ano. Em 2003, a entidade já organizou atividades pelo Planteq. No entanto, foi uma experiência piloto, para a qual o Grande ABC recebeu cerca de R$ 180 mil e fez cursos rápidos para 432 alunos em novembro.

Até meados do ano passado, as solicitações de inclusão no programa federal podiam ser feitas apenas isoladamente por município com mais de 1 milhão de habitantes. "Com isso, não conseguiríamos nada, por isso eles incluíram os consórcios", afirmou a coordenadora do Planteq ABC e assessora do Consórcio Intermunicipal, Regina Célia dos Reis.

"Nunca tivemos essa discussão regionalizada", acrescentou Regina. Neste início de ano, as prefeituras organizaram diversas oficinas e plenárias para definir que cursos oferecer. A assessora afirmou que a idéia foi atender demandas para o fortalecimento da cadeira produtiva local e a inclusão social. Por conta disso, foram escolhidas as aulas para operador de transformação de materiais plásticos, produção de móveis, técnicas de vendas e modelagem industrial.

Segundo Regina, trata-se de uma proposta que contempla dois eixos, a demanda dos municípios e os segmentos estratégicos para a região. "Não adianta qualificar se não tiver como fazer a inserção. Temos de ter em vista o mercado de trabalho", disse. O consórcio pleiteou bem mais do que foi aprovado inicialmente. A reivindicação era de cerca de R$ 19 milhões para o período de quatro anos (2004 a 2007). Os R$ 427 mil são apenas para 2004.




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