Os Estados Unidos reconhecem a possibilidade de serem novamente atacados por grupos terroristas. No entanto, é impossível ter certeza de que ainda existam suspeitos no território americano e da maneira de como os próximos ataques possam acontecer. Mas é incontestável o medo dos norte-americanos de um ataque promovido com armas biológicas. A edição da revista Newsweek desta segunda-feira revela que aliados de Osama Bin Laden promovem experiências com armas químicas.

Um oficial do FBI, a polícia federal norte-americana, contou à revista que membros da organização terrorista Al-Qaeda, comandada por Osama Bin Laden, tentaram, aparentemente sem sucesso, obter na Checoslováquia substâncias biotóxicas, particularmente a bactéria do carvão e a toxina do botulismo. Ainda de acordo com a Nesweeek, dezenas de coelhos e cachorros foram encontrados envenenados perto de campos de treinamento da Al-Qaeda em Jalalabad.

A Newsweek conta que, em junho, o diretor da CIA, George Tenet, advertiu que "terroristas apátridas tentaram adquirir armas biológicas e químicas". Um mês depois, o terrorista Ahmed Ressam, que já respondia um processo nos Estados Unidos, revelou que havia passado seis meses nos campos de treinamento de Bin Laden no Afeganistão. Ele destacou ainda que havia aprendido a liberar cianureto nos sistemas de ventilação dos edifícios de escritórios e que também havia se interessado pela utilização de aviões de fumigação para "disseminar substancias tóxicas".

Temendo ataques biológicos, o Departamento de Energia dos Estados Unidos (DOE) instalou em sigilo detectores de substâncias químicas e tóxicas em uma das estações do metrô de Washington. A medida faz parte de um programa de instalação de um sistema subterrâneo de detecção precoce de agentes tóxicos, que deve ser avaliado no fim do ano pelo DOE, precisa a revista.

O povo norte-americano, por sua vez, se previne deste tipo de ação desde o dia 11, quando o World Trade Center e o Pentágono foram alvos de atentados. A venda de máscaras contra gases e outros materiais que podem ajudar na proteção contra um possível ataque “bioterrorista” aumenta a cada dia.