Política Titulo Ação movida
MP denuncia Alckmin por corrupção
Da Redação
24/07/2020 | 00:02
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O Ministério Público de São Paulo denunciou o ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB) pelos crimes de falsidade ideológica eleitoral, corrupção passiva e lavagem de dinheiro. De acordo com a promotoria, Alckmin recebeu R$ 2 milhões em espécie da Odebrecht na campanha ao Palácio dos Bandeirantes em 2010 e R$ 9,3 milhões quando disputou a reeleição, em 2014.

“Os recursos não foram registrados nas prestações de contas do candidato (falsidade ideológica), que solicitou e recebeu vantagem indevida (corrupção passiva), pagas pelo setor de operações estruturadas da Odebrecht, a partir do emprego de métodos ilícitos como uso de ‘doleiros’, com o fim de ocultar a origem dos valores e dificultar a possibilidade de seu rastreio (lavagem de dinheiro). Esses recursos destinavam-se, num primeiro momento, ao financiamento eleitoral indevido (não declarado) e, num momento seguinte, pós-eleições, à manutenção da influência do grupo empresarial junto ao governo”, afirmou a promotoria, em nota.

Além de Alckmin, foram denunciados Marcos Antônio Monteiro, tesoureiro da campanha de 2014, e o ex-assessor da Secretaria de Planejamento do tucano Sebastião Eduardo Alves de Castro. Os executivos e operadores da Odebrecht Benedicto Barbosa da Silva Júnior, Luiz Antônio Bueno Júnior, Arnaldo Cumplido de Souza e Silva, Maria Lúcia Guimarães Tavares, Fernando Migliaccio da Silva e Luiz Eduardo da Rocha Soares – que prestaram depoimentos como colaboradores – também são alvos da acusação, assim como o doleiro e delator Alvaro José Gallies Novis.

O cunhado do ex-governador, Adhemar César Ribeiro, não foi objeto da ação penal em razão da prescrição que o beneficiou em razão da idade (superior a 70 anos), indicou a promotoria.

Alckmin, Marcos Monteiro e Sebastião Alves de Castro foram indiciados pela PF (Polícia Federal) no dia 16. Na ocasião, a defesa classificou como “injustificável” e “precipitado” o indiciamento do tucano. Ontem, disse “lamentar a denúncia oferecida, pois jamais foi procurado pelas autoridades policiais para se manifestar a respeito dos fatos”. 

Tucano tem ação divergente da de Morando

Horas depois de ser denunciado pelo Ministério Público de São Paulo, o ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB) anunciou afastamento da equipe que coordena a pré-campanha do prefeito da Capital, Bruno Covas (PSDB), à reeleição.

 Alckmin estava escalado para construção do plano de governo do correligionário. Embora ele já estivesse trabalhando no planejamento, a oficialização teve de ser adiada depois que a PF (Polícia Federal) indiciou o ex-governador, há duas semanas.

 A postura de Alckmin diverge da de tucanos de São Bernardo envolvidos na Operação Prato Feito. O prefeito são-bernardense, Orlando Morando (PSDB), foi denunciado pelo MPF (Ministério Público Federal) por corrupção, peculato e fraude a licitações por, segundo a procuradoria, facilitar a contratação de empresas de fornecimento de alimentos ligadas ao advogado Carlos Maciel, antigo homem forte de sua gestão.

 Além de Morando, o secretário de Saúde de São Bernardo, Geraldo Reple Sobrinho (PSDB), foi acusado na ação que tramita no TRF-3 (Tribunal Regional Federal da 3ª Região). Apesar do fato, Morando e Reple permanecem nas funções – o MPF chegou a pedir o afastamento do prefeito do cargo, solicitação negada pelo desermbargador Nino Toldo, que analisa a peça acusatória. 




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