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Grande ABC tem seis novas mortes e pacientes positivados já são 1.050

Índice de óbitos da região representa 6% do total do Estado; número de suspeitos cai

Dérek Bittencourt
Do Diário do Grande ABC
23/04/2020 | 00:01
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Pixabay


O Grande ABC registrou 43 novos casos e seis mortes a mais nos boletins epidemiológicos enviados ontem pelas sete prefeituras. Assim, a região alcançou 1.050 pacientes confirmados com o novo coronavírus e 75 vítimas fatais pela doença, número que representa 6,6% dos 1.134 óbitos divulgados pela secretaria estadual de Saúde.

Dos 1.050 casos positivos no Grande ABC, 309 estão em São Bernardo e 41 deles internados em UTIs (Unidades de Terapia Intensiva), segundo informação da administração pública – outros 62 pacientes estão acomodados em enfermarias. Assim, restam 11 vagas disponíveis entre as que são exclusivas para Covid-19.
“Sabe o que significa não ter uma UTI para um paciente de coronavírus? Ele entra em óbito. Se não tem respirador, não tem o que fazer, a pessoa vai morrer. Estou reproduzindo o que ouvi de todos os médicos como prefeito e paciente. Se eu não tivesse uma estrutura hospitalar ampla como a nossa (na cidade) eu não teria mais onde colocar os doentes da cidade. Se não tivéssemos feito a quarentena, onde estaríamos colocando corpos hoje?”, questionou o prefeito de São Bernardo, Orlando Morando (PSDB), ontem à noite, em transmissão nas redes sociais na qual anunciou a criação de 20 novos leitos de UTI (leia mais na página 3).

São Bernardo ainda adotou medida para aliviar a distância entre pacientes internados nas UTIs e familiares. “Nós estamos oferecendo para os pacientes que estão internados na UTI com Covid-19 um tablet para que eles possam fazer videochamada com a família. É um processo de humanização e respeito”, revelou Morando.
São Bernardo segue como o município com maior número de mortes da região, 31, quase o dobro de Santo André, que tem 17 fatalidades. Na sequência aparecem São Caetano (nove), Diadema e Mauá (oito, cada) e Ribeirão Pires (duas). As sete cidades registram ainda 3.776 suspeitos de estarem com a doença, número que diminuiu pela primeira vez desde o início da divulgação dos boletins diários (na terça-feira, eram 3.778). Isso significa que a fila de exames, enfim, vem tendo fluxo, graças à habilitação de novos laboratórios para análise das amostras, como o da FMABC (Faculdade de Medicina do ABC), que vem realizando 200 testes por dia.

Por outro lado, de acordo com o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, a fila estadual de exames foi zerada na terça-feira. Segundo ele, já foram feitos 35,6 mil testes em 38 laboratórios credenciados. “Temos o compromisso de gerar o resultado destes exames rapidamente. Desde a semana passada não demora mais do que 48 horas para a emissão do resultado. Meta cumprida, vamos em frente”, explicou.

Balanço do Ministério da Saúde apontou ontem que o Brasil já tem 45.757 infectados e 2.906 mortos. 




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