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Adultos também pedem presentes ao Papai Noel
Por Elaine Granconato
Do Diário do Grande ABC
21/12/2002 | 19:13
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Não só crianças mandam cartas para o Papai Noel. Das cerca de 500 cartas, postadas e enviadas até a última sexta-feira para a regional da ECT (Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos), centralizada na agência-sede em Santo André, pelo menos 20% delas foram escritas por adultos do Grande ABC. Não em nome dos filhos menores, como é comum ocorrer. Mas, sim, em nome da família, com a esperança de ganhar um quilo de arroz, de feijão ou de um simples panetone para ser dividido. São Valérias, Sandras, Washingtons... Além de cestas básicas, muitos pediram um emprego ou até mesmo materiais de construção.

Na medida do possível, os pedidos foram atendidos na última sexta-feira pelo bom velhinho – Reinaldo Gama de Faria, 39 anos, funcionário dos Correios e que pela segunda vez consecutiva foi escolhido para levar as encomendas em algumas residências por Santo André, Diadema, São Bernardo e Rio Grande da Serra. Aliás, nesta segunda-feira a maratona prossegue por Santo André, Diadema, São Bernardo, Mauá e Ribeirão Pires.

As doações, entre alimentos e brinquedos, foram feitas por clientes – muitos deles anônimos –, que adotaram as cartinhas em um dos cinco postos dos Correios na região; por alunos do Instituto Educacional Stagium, de Diadema; pelo Makro Atacadista e pelos 1,3 mil funcionários da empresa estatal de correspondência.

Em um gesto de solidariedade, Sandra Pereira da Silva Burgos, 38 anos, de Mauá, que tem o marido desempregado e a filha Maiara, 9, portadora de síndrome de Down, resolveu escrever duas cartas em nome de duas amigas, também mães de crianças especiais. “Elas precisam mais do que eu”, disse, emocionada, enquanto o Papai Noel entregava cestas básicas, suficientes para até quatro meses, para as famílias, respectivamente, de Alan Silva Cruz, 12 anos, e de Tatiana Roberta Scardoa, 22, ambas do Jardim Santo André, em Santo André.




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