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Scania dá férias coletivas para baixar volume de produção
Soraia Abreu Pedrozo
Yara Ferraz
11/10/2019 | 07:26
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A fábrica da Scania em São Bernardo vai colocar os 2.500 operários do seu chão de fábrica em férias coletivas de 28 de outubro a 6 de novembro. A parada, segundo o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, será aplicada para reduzir o volume de produção, devido à redução de pedidos.

A medida não anula as férias coletivas do fim do ano, afirma o sindicato, embora os dias não estejam definidos. A Scania não se manifestou até o fechamento desta edição.

Embora a entidade diga que a empresa não informou se a crise na Argentina é a responsável por colocar os trabalhadores em casa, a Scania exporta cerca de 70% de tudo o que produz aqui, portanto, está sendo afetada também pelo comércio exterior. Este, aliás, é o motivo pelo qual a Volkswagen irá colocar a partir do dia 2 de dezembro cerca de 2.500 profissionais do segundo e terceiro turnos em férias coletivas de um mês. Na volta, até 1.400 profissionais podem entrar em lay-off (suspensão temporária do contrato de trabalho).

A GM propôs a antecipação das férias coletivas de dezembro e lay-off de 300 a 350 funcionários do chão de fábrica – quase 12% dos 3.000 da produção –, que estariam excedentes, por até quatro meses. A razão alegada também é a queda nas encomendas devido às dificuldades econômicas dos hermanos. No entanto, o Sindicato dos Metalúrgicos de São Caetano disse que irá conversar com a montadora para tentar reverter ao menos o lay-off. Questionadas, a Mercedes-Benz e Toyota não têm planos de férias coletivas nem lay-off.

A Argentina é responsável por 53% das exportações de veículos brasileiros – há um ano, eram 75%, A eleição presidencial no dia 27 é a esperança do setor automotivo para retomada das compras do país vizinho.
 




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