Artigo

Banco de Alimentos x insegurança

O Brasil é hoje um País de reconhecimento internacional em programas de combate à fome, na promoção da política pública de SAN (Segurança Alimentar e Nutricional) e vem se aperfeiçoando muito nos últimos 12 anos. Em 2010 o então presidente Lula promulgou a Emenda Constitucional 64, que inclui a alimentação entre os direitos sociais, fixada no artigo 6º da Constituição. Na gestão do ex-presidente Fernando Henrique, o Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional foi dissolvido e restabelecido, em 23 de novembro de 2007, sob o Decreto 6.722, que dispõe sobre sua composição e funcionamento.

Este cenário demonstra que a trajetória da política pública de SAN converge para momento histórico e singular no País, ou seja, o de consolidar os instrumentos legais e criar mecanismos e articulação dos diversos programas e ações de SAN, como o Banco de Alimentos, Cozinhas Comunitárias, Restaurantes Populares, ações contra o sobrepeso e a obesidade e o exitoso PAA (Programa de Aquisição de Alimentos).

Em Santo André, a Prefeitura sempre foi exemplo para o Brasil e América Latina na implementação destes programas do governo federal, através de celebração de convênios como o Banco de Alimentos e o PAA. Este banco visa combater a fome por meio da recuperação de alimentos desperdiçados ao longo da cadeia produtiva, mas ainda adequados ao consumo. Após análise, seleção, classificação e embalagem, esses alimentos são distribuídos gratuitamente para entidades assistenciais, que hoje somam 180. São crianças, jovens, adultos e idosos à espera deste alimento diário.

Reportagem de capa deste conceituado Diário (dia 12) dizia que ‘Santo André perde verba federal para alimentar população carente' e que a Prefeitura optou por não renovar o convênio com o PAA junto ao Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Será que a não renovação do convênio se deu por ineficiência da equipe técnica do Banco de Alimentos, sob a gestão de Aidan Ravin, ou o senhor prefeito não quis renová-lo por outros interesses não mencionados? Será que o Banco de Alimentos de Santo André só deixou de atender às entidades beneficiadas com frutas, legumes e hortaliças ou será que todo o programa está comprometido, havendo o risco de faltar outros gêneros alimentícios, permanecendo a insegurança alimentar junto à população carente do município?

Ronaldo Antônio Gonzales é presidente do Instituto Humanitas Germinare de Segurança Alimentar de Santo André.

Palavra do Leitor

Luiz Marinho - 1

Luiz Marinho, prefeito de São Bernardo, disse que ‘o Supremo está invertendo plenamente. Eu recomendaria que eles voltassem à faculdade de Direito para estudar' (Política, dia 20). Ele perdeu grande oportunidade de ficar calado. O PT tentou destruir a reputação do procurador-geral da República e macular a independência do Supremo. Não deu! A ambição desmedida do PT acabou por revelar os pés de barro dos seus integrantes. O partido tentou se infiltrar inclusive no Supremo, mas não conseguiu subordiná-lo a suas vontades. Acabou a festa! Que seja feita justiça.

Marcia Helena Tardelli Pessoa, São Bernardo

Luiz Marinho - 2

Ao que se sabe, para chegar ao Supremo há árduo caminho após o bacharelado em Direito. Muitos bacharéis não conseguem sequer aprovação no exame da OAB, quase sempre pela falta de qualidade do ensino das faculdades em que se formaram. Luiz Marinho, em face de seu comentário com relação aos ministros, aprendeu mais com seu chefe do que na faculdade, o que é lamentável e demonstra que finalmente aderiu à prepotência petista.

Aimardi Perez de Oliveira, São Bernardo

Luiz Marinho - 3

Do alto de seu bacharelado em Direito pela Uniban, o prefeito Luiz Marinho sugere que os ministros do Supremo voltem aos bancos escolares para aprender os rudimentos da lei - como se vários deles não estivessem lá por obra e graça do seu padrinho, em cuja sombra vive desde os tempos do Sindicato dos Metalúrgicos. O que o faz tão pretensioso? A liderança nas pesquisas de intenção de voto ou a proximidade com o intocável Lula?

Antônio Cesar Scopel, São Bernardo

Candidatos?

Gostaria de saber quem vai ser prefeito de Mauá. Porque até agora só se esconderam atrás do ‘cara', da Dilma, da Miriam Belchior, do Luiz Marinho, do Aloizio Mercadante, do Alexandre Padilha, do Geraldo Alckmin etc. E plano de governo consciente que é bom, nada! Não esqueçam que a cidade tem enorme dívida, que só serve de desculpa quando cobramos melhorias na Prefeitura. Porém, todos querem essa boquinha!

Antônio Marcos Costa, Mauá

Ilhado Riacho

A solução técnica mais adequada para tirar os moradores do Riacho Grande, em São Bernardo, do isolamento é a construção de linha do Monotrilho (metrô elevado) ao longo da Via Anchieta, pelo canteiro central, ligando o Riacho ao terminal do Metrô, na Estação Sacomã, São Paulo. Os benefícios são muito abrangentes. Trata-se de obra com poucas desapropriações, podendo ficar pronta em um ano e meio, beneficiando toda a cidade, e isso reduzirá drasticamente o trânsito.

Charles França, São Bernardo

Meu herói!

Não me lembro de ter tido um herói quando criança. Depois de adulto, a pessoa que me vem à memória é Ayrton Senna. Eu nutria grande admiração por ele e pelo homem honrado que era. Após sua morte, ficou um vazio. Tentei buscar outro brasileiro de quem pudesse me orgulhar, mas foi em vão. Com o Mensalão, que achava não daria em nada, começo a acreditar que enfim teremos um brasileiro de quem possamos nos orgulhar. Muito obrigado, ministro Joaquim Barbosa. Meu herói!

Antônio Carlos Guertas, São Bernardo