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Após derrota interna para novo grupo, velha guarda do PSDB de Diadema descarta deixar a legenda

Antigas lideranças pregam unidade e reconstrução, mas alfinetam Morando

Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
13/10/2017 | 07:00
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Depois de perder a queda de braço e ver prorrogada a comissão provisória chefiada por Mamede Rasou Salem no PSDB de Diadema, o antigo grupo dominante na legenda descartou deixar o partido, mas alfinetou o prefeito de São Bernardo, Orlando Morando (PSDB), que articulou diretamente para que o diretório diademense não fosse para as mãos de figuras aliadas ao prefeito de Diadema, Lauro Michels (PV), seu desafeto.

Atevaldo Leitão, ex-vereador e hoje secretário de Segurança Alimentar, assegurou que ele e os demais integrantes da velha guarda tucana em Diadema permanecerão na sigla “para reconstrução do PSDB” na cidade. “Houve gente que cogitou sair, como o (ex-vereador) José Dourado. Mas conversamos e decidimos que o melhor é continuar, reconstruir. Não adianta ir para outro partido e percorrer tudo de novo. Temos história no PSDB”, comentou Leitão, que queria ser o presidente do diretório tendo como vice o filho de Zé Dourado, Fagner, conhecido como Nego.

Leitão, entretanto, deixou recado a Morando. “Não temos nada contra o Orlando. Aliás, ele vem fazendo excelente mandato como prefeito de São Bernardo, com certeza é uma grande liderança que temos na região. Mas não precisava fazer isso. O PSDB não tem nada a ver com a briga dele com o Lauro”, declarou. “Quando me perguntam sobre ele (Morando), eu repito o que o governador Geraldo Alckmin (PSDB) fala sobre o (prefeito de São Paulo, João) Doria: ‘Se não tem nada a falar bem de um cidadão, melhor não falar nada’”, adicionou, parafraseando Santo Antônio de Pádua.

Na segunda-feira, a executiva nacional autorizou a direção estadual a prorrogar o mandato tampão de Mamede, integrante do grupo aliado de Morando em Diadema. Mamede, de pouca história no PSDB local, é criticado pela velha guarda por não tocar o dia a dia da sigla e sequer projetar o futuro do diretório. Ele não retornou aos contatos da equipe do Diário para falar sobre o caso.

Por fim, Leitão argumentou que pretende dialogar com Mamede e até com a ala próxima de Morando, porém assegurou que não aceitará determinação da executiva estadual em abandonar o governo Lauro. O PSDB detém quatro secretarias na administração do verde. 




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