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Lula quer Celso Daniel ministro em eventual governo
Vinícius Casagrande
Do Diário do Grande ABC
09/09/2001 | 17:36
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O prefeito de Santo André, Celso Daniel (PT), foi convidado pelo presidente de honra do PT, Luiz Inácio Lula da Silva, para coordenar a elaboração do plano de governo petista para a eleição presidencial do próximo ano. Para trabalhar no plano de governo, Celso deverá se licenciar da Prefeitura por alguns meses. Caso Lula vença as eleições, o prefeito deverá assumir o comando de um ministério, possivelmente o da Fazenda.

No entanto, como Lula ainda não se lançou oficialmente pré-candidato à Presidência da República, ele e Celso não assumem que o convite tenha existido. Em Fortaleza, Lula não quis se pronunciar a respeito. Sua assessoria negou o convite e afirmou que a coordenação da campanha tem de passar por estâncias partidárias. Disse também que Lula ainda não é candidato.

Segundo sua assessoria, Lula aguarda uma definição dos demais candidatos, principalmente o do governo, para anunciar oficialmente sua candidatura à Presidência da República.

O prefeito Celso Daniel também não quis comentar o assunto e apenas divulgou nota oficial. “Não houve por parte do pré-candidato à Presidência da República, Luiz inácio Lula da Silva, nenhum convite para que o prefeito de Santo André, Celso Daniel, coordene o programa de governo do Partido dos Trabalhadores para as próximas eleições”, diz a nota.

Celso ainda nega que se afastará da Prefeitura e disse que o candidato do PT será definido nas prévias do partido. Segundo ele, a coordenação do plano será escolhida pelo Diretório Nacional.

Apesar das negativas de Lula e Celso, fontes próximas aos dois petistas garantem que o convite ocorreu no último final de semana em um encontro entre os dois, em um churrasco oferecido por Lula em sua chácara no Riacho Grande, em São Bernardo.

Na coordenação do plano de governo, Celso deverá abrir mão da disputa a uma vaga no Senado. O prefeito já vivia a indefinição por conta da necessidade de ter de renunciar para disputar a eleição. A possibilidade de sua candidatura ainda esbarrava na intenção de alguns petistas de destinar uma das vagas a algum partido da coligação que o PT pretende formar para as próximas eleições.




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