Tudo está pronto para a passagem da tocha olímpica por São Bernardo, neste sábado. Em evento realizado nesta quinta-feira no salão nobre do Paço Municipal, integrantes do Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos e representantes da Prefeitura divulgaram o esquema de segurança e alguns dos condutores, e confirmaram atrações e o trajeto do símbolo da Olimpíada pela cidade.
Após passagem por São Caetano e Santo André, a tocha tem chegada prevista para 16h31 na esquina das Avenidas Winston Churchill e Senador Vergueiro, de onde segue para o Paço Municipal e passa por algumas das principais vias da cidade, como Jurubatuba, Marechal Deodoro e Kennedy.

No Ginásio Poliesportivo, onde pernoitará, a tocha deve ser recebida por volta das 19h após passar pelas mãos de 64 condutores, que percorrerão cerca de 12,8 quilômetros nos quais estarão presentes 220 policiais civis, militares e guardas metropolitanos, além de 80 agentes do Tiro de Guerra de São Bernardo. O trajeto será monitorado por 17 câmeras para prevenir qualquer tipo de incidente.

A cidade pôde indicar cinco dos condutores, mas apenas quatro percorrerão o trajeto de 200 m que lhe cabem, porque a atleta da terceira idade Doralice de Moraes, a Dorinha, morreu em maio. Assim, conduzirão o ex-mesa-tenista Hugo Hoyama, técnico da Seleção Brasileira feminina da modalidade, o para-atleta mauaense Alessandro Gigante, detentor do recorde americano no lançamento de peso da categoria T11 (deficiente visual), com 43,16 m, e campeão Parapan-Americano da modalidade, o ultramaratonista Zeca Romano e o secretário de Esporte e Lazer do município, José Alexandre Pena Devesa, ex-jogador e técnico de vôlei, que será o último condutor e terá a honra de acender a pira olímpica.

“Sou são-bernardense e joguei (vôlei) 11 anos por São Bernardo. Depois fui técnico da equipe de vôlei feminino. Me tiraram da quadra, que é o que eu adoro fazer, e estou como secretário. Cumpri todos os estágios que um esportista poderia cumprir. Fico até sem palavras para dizer o que é (a emoção)”, disse José Alexandre. “Se eu não cair no meio do caminho, sou eu (quem acende a pira)”, brincou. “É igual subir no pódio e pegar medalha de ouro, tocar o hino nacional”, comparou sobre a emoção Alessandro Gigante.

Após o acendimento da pira, haverá shows da Blue Light Blues Band e da Orquestra de Viola Caipira de São Bernardo.

Chiarotti vê seleções de vôlei como favoritas ao ouro nos Jogos

Ouro olímpico em 1992, em Barcelona, e integrante da Seleção de vôlei em Sydney-2000, o ex-central Douglas Chiarotti, técnico da equipe masculina de vôlei de São Bernardo, acredita que as equipes do Brasil têm condições de brigar pelo lugar mais alto do pódio no Rio.

“As duas seleções chegam como favoritas. São grupos fortes, mas com certeza vão brigar por medalha, acredito que briguem pelo ouro”, afirmou Chiarotti. “Sempre tem os Estados Unidos, a Rússia, a China... São várias seleções candidatas ao título. Mas o Brasil, por jogar em casa, ter grandes jogadores e técnicos campeoníssimos, é favorito”, destacou o ex-atleta, que é nascido em Santo André.

Chiarotti ainda acrescentou que vê a equipe masculina motivada após a derrota na final da Liga Mundial, para a Sérvia. “Você vem de uma derrota e fica mordido. Você já vem em estado de alerta maior que se tivesse ganho. Quando você perde, foca e treina um pouco mais para o que vem depois”, ponderou o treinador. FS