Política Titulo Comissionados
Maranhão sanciona redução de salários

Em Rio Grande, comissionados terão vencimentos e jornada reduzidos; economia é de R$ 160 mil

Caio dos Reis
Especial para o Diário
05/11/2015 | 07:00
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Andréa Iseki/Arquivo DGABC


Prefeito de Rio Grande da Serra, Gabriel Maranhão (PSDB) sancionou medidas de austeridade para enxugar a folha de pagamentos da cidade. A diminuição da carga horária semanal de trabalho e redução do salário dos comissionados foram as mais recentes ações adotadas. A expectativa é economia de R$ 160 mil por mês (R$ 1,9 milhão ao ano), sendo que a arrecadação mensal do Paço de Rio Grande é de R$ 6 milhões (R$ 72 milhões ao longo de 12 meses).

“A queda na arrecadação e a crise financeira que passamos são as razões para adotar essas medidas. A ideia foi achar alguma saída para não gerar demissões. Vamos manter essas ações até a economia se restabelecer. Não existe um prazo já determinado (para volta ao normal)”, adiantou Maranhão.

O corte foi de 40 para 36 horas semanais para funcionários ocupantes de cargos em comissão com vencimentos acima de R$ 1.700. Além disso, os salários dos funcionários admitidos sem concurso público do Executivo foram reduzidos em 10%.

Outra mudança foi a alteração do dia de pagamento. No caso dos concursados, os vencimentos serão acertados até o quinto dia útil do mês. Já os cargos em comissão, incluindo secretariado, vice-prefeito e prefeito, irão receber o pagamento até o 11º dia útil. “O desejo é acertar tudo até o quinto dia, como a gente vem fazendo atualmente. Mas, devido às dificuldades, nem sempre é possível”, alegou Maranhão.

Em julho, a queda na arrecadação fez com que o prefeito cogitasse contingenciamento. “Realizo um trabalho de corte de despesas diariamente. Por ora, essas medidas (diminuição de carga horário e corte no salário dos comissionados) são as únicas que serão adotadas. Não chegamos ao ponto de precisar revisar contratos, por exemplo”, disse o prefeito, sem descartar, no entanto, instituir mais ações de austeridade se a parte financeira não melhorar.

EXEMPLO
As medidas adotadas pelo chefe do Executivo de Rio Grande são semelhantes às tomadas pelo prefeito de Ribeirão Pires, Saulo Benevides (PMDB).

Desde junho, o peemedebista tem buscado saídas para contornar grave crise financeira. A diminuição da carga horária do funcionalismo foi a primeira ação. Cortes de estagiários e funcionários em funções gratificadas foram feitos posteriormente. A expectativa é economia de R$ 2 milhões até o fim do ano.

Na semana passada, a Secretaria de Cultura e Turismo foi extinta. Ex-comandante da Pasta, Cassiano Filho deve ocupar cargo de secretário adjunto da Secretaria de Educação. Novos cortes não foram descartados por Saulo. 




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