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Israel ataca base da Jihad Islâmica na Síria
Da AFP
05/10/2003 | 10:29
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O Exército de Israel bombardeou um campo de treinamento usado pela Jihad Islâmica na Síria, em resposta contra um atentado que provocou a morte de 19 pessoas, sábado, em Haifa. Esta é a primeira vez em pelo menos 20 anos que as forças israelenses lançam um ataque contra o território sírio.

Apesar da Síria ter anunciado que levará o assunto ao Conselho de Segurança da ONU, Israel não descartou a possibilidade de lançar outros ataques contra "bases terroristas" em território sírio.

"Depois do atentado de Haifa, o exército israelense começou a atuar contra os autores de atentados, contra os que apóiam estes atentados e os que utilizam a estratégia do terror com o objetivo de matar israelenses", afirmou um porta-voz militar num comunicado.

"A Síria é um país que apóia permanentemente o terrorismo e tenta, de maneira sistemática, fazer fracassar qualquer tentativa de retorno à calma e estabilidade na região", acrescenta o texto.

A Jihad Islâmica, no entanto, negou ter combatentes na Síria. “A Jihad não possui combatentes fora dos territórios palestinos", declarou o porta-voz do movimento em Beirute, Abu Imad Rifai, à rede de televisão Al Jazeera (Qatar).

Israel pode efetuar outros ataques na Síria se este país continuar abrigando "organizações terroristas que cometem atentados antiisraelenses", declarou Raanan Gissin, porta-voz do premier israelense, Ariel Sharon.

"O ataque efetuado por nossa aviação 15 quilômetros ao norte de Damasco constitui uma advertência, que tem o objetivo de fazer a Síria entender que todos os que ajudam e apóiam o terrorismo não possuem nenhuma imunidade, independentemente de sua localização", afirmou Raanan Gissin.

"A Síria só pode culpar a si mesma porque se negou a cumprir os compromissos que assumiu com os Estados Unidos, depois da guerra do Iraque, de acabar com os 11 quartéis-generais de organizações terroristas instalados em seu território", acrescentou Gissin.

No campo político, outra autoridade israelense, que pediu anonimato, disse que Israel não tem a intenção de expulsar imediatamente Arafat, mas acrescentou que a "contagem regressiva já começou". "Não aplicaremos a decisão do gabinete de segurança, que aprovou no dia 11 de setembro sua expulsão a princípio. Quando o momento chegar ele será expulso. A contagem regressiva já começou para ele", afirmou.




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