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Dise prende mulheres de líderes do PCC

Polícia Civil flagra celulares que seriam levados para presídio a mando da facção

Por Rafael Ribeiro
Do Diário do Grande ABC
13/12/2013 | 07:00
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Marina Brandão/DGABC


Policiais civis da Dise (Delegacia de Investigação sobre Entorpecentes) de São Bernardo prenderam na manhã de ontem quatro mulheres e um homem acusados de associação criminosa. Eles estavam preparando celulares que seriam levados a líderes do PCC (Primeiro Comando da Capital) que cumprem pena na Penitenciária de Presidente Venceslau, a 610 quilômetros da Capital.

A prisão foi possível graças ao cumprimento de 17 mandados de busca e apreensão e quatro de prisão expedidos pela Justiça por conta das investigações feitas pela delegacia, que culminaram na prisão dos principais líderes e no desmantelamento parcial da facção no Grande ABC, em agosto.

Durante a apuração da movimentação financeira da facção, os policiais descobriram que um dos presos pediu à sua mulher, Elizete Mendes Lanes, 34 anos, que levasse celulares e chips no próximo dia de visitas, no domingo.

Na casa da indiciada, no Grajaú, Zona Sul da Capital, equipes do Garra (Grupo Armado de Repressão a Roubos e Assaltos) são-bernardense flagrou dezenas de celulares e outros equipamentos do aparelho.

Alguns dos kits que seriam usados para colocar os celulares dentro das unidades prisionais estavam prontos. Os aparelhos eram enrolados com fita isolante junto de materiais como borracha e fibra de carbono, que supostamente ajudariam a iludir o detector de metais e outros equipamentos de segurança. Após formar um embrulho redondo, no formato de um casulo, as mulheres o escondiam em seu órgão sexual.

A ousadia das acusadas é grande. Na casa de outra delas, Maria Aparecida de Souza, 38, no Jardim Santa Lúcia, também na Zona Sul, até um kit contendo um roteador de internet compacto foi encontrado.

Na residência de algumas das indiciadas também foram apreendidas grandes quantias de dinheiro. A polícia afirma que elas seriam responsáveis pelo caixa da facção e a venda das rifas a pessoas próximas da quadrilha, que sorteia carros e apartamentos. A venda dos números rende R$ 1,4 milhão ao mês. 




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