Com quatro prisões em flagrante anteriores por furto, o desempregado Wellington Rodrigues, 30 anos, morador do Jardim Cristiane, em Santo André, foi detido novamente na manhã de ontem por policiais civis do 1º DP (Centro) da cidade acusado de assaltar duas vezes a mesma pizzaria, na Vila Floresta. Na segunda ação, ocorrida em agosto, ele teria atirado contra o dono, de 66 anos, que permanece internado com morte cerebral no CHM (Centro Hospitalar Municipal).

Rodrigues foi reconhecido por testemunhas como o garupa da moto cinza que é suspeita de protagonizar diversas ações criminosas contra restaurantes na cidade nos últimos meses. Confirmadas, no entanto, os policiais têm apenas as ações contra a pizzaria. Na primeira delas, em maio, os criminosos tiveram êxito e levaram R$ 1.000.

Em agosto, no entanto, quando tentou repetir o roubo, enfrentou resistência do proprietário e disparou contra ele com um revólver calibre 38. A bala, que entrou pela região das costelas, ficou alojada no pescoço. Até hoje o idoso permanece internado na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do local.

Desde que testemunha reconheceu o desempregado os investigadores estão em seu encalço. Após a Justiça emitir o mandado de busca e apreensão, os policiais chegaram a ir até a casa do suspeito, mas um familiar disse que ele estava foragido.

Na madrugada de ontem Rodrigues não teve como escapar. Os policiais o prenderam durante diligências em rua próxima de sua casa. Testemunhas o reconheceram.

Suas passagens pela polícia começaram em 2000, quando foi pego com drogas e sentenciado a seis meses de trabalhos comunitários. Desde então, de dois em dois anos é flagrado por furto. Ao todo, já foi condenado a cinco anos em regime semi-aberto nos tribunais. Agora responderá por tentativa de latrocínio e roubo qualificado.

Segundo o delegado Lupércio Antonio Dimov, são grandes as chances de Rodrigues estar envolvido nos casos de roubos a estabelecimentos do tipo e arrastões a clientes ocorridos nos últimos meses na cidade. Por isso, ele manterá o desempregado preso temporariamente na carceragem do distrito para que prováveis vítimas possam fazer o reconhecimento. "Trata-se de um elemento perigoso para a sociedade, que não conhece outra coisa na vida a não ser a atividade criminosa", disse.