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Eles querem casar
Miriam Gimenes
Do Diário do Grande ABC
24/10/2010 | 07:15
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Mentalize a cena: um homem ultrarromântico vai a toda festa de casamento que toma conhecimento porque tem o sonho de casar. Além de detalhes do evento, busca a mulher ideal que queira compartilhar o futuro a dois. Para muitos esta situação pode parecer uma daquelas pegadinhas que causam risos em programas dominicais.

Trata-se, no entanto, do tema da peça Os Homens querem Casar e as Mulheres querem Sexo, que estará em cartaz até novembro no Teatro Folha, em São Paulo. Segundo o autor e ator da obra, Carlos Simões, é uma história baseada em sua própria vida.

É que Simões, 36 anos e solteiro, procura desesperadamente por uma parceira. "Sou praticamente um encalhado", brinca. O autor diz ainda que usou da inversão dos papéis na sociedade atual para incrementar a história: os homens ficaram mais românticos, deixaram de ser machões, ao passo que as mulheres querem priorizar a carreira e individualidade.

É como acontece na novela Ti-Ti-Ti, da Rede Globo, em que o ex-casal Armandinho (Alexandre Slaviero) e Desiré (Mayana Neiva) desistiram do casamento porque ela queria seguir a carreira de modelo.

Usando desta ideia, Simões interage com a plateia o tempo todo. Ainda na entrada do teatro, os espectadores recebem um adesivo vermelho se são comprometidos, amarelo quando enrolados e verde se estão solteiros. "Chamamos os solteiros para o palco e fazemos brincadeiras." Brincadeira ou não, Simões já conseguiu formar 16 casais em três anos de peça que é encenada de quarta e quinta-feira.

REALIDADE - O fato é que embora seja uma peça fictícia, na realidade, o casamento tornou-se diferente do ponto de vista feminino e masculino. "Acabou o mito de que o homem é aquele machão de antigamente. Ele é romântico, quer casar, conquistar a mulher", analisa o terapeuta sexual Celso Marzano.

Com a liberdade sexual feminina, encontrar uma companheira que não coloque a carreira profissional em primeiro plano fica difícil. "Muitas querem a vida mais solitária, até tendo uma parceria fixa, mas sem obrigatoriamente ter o casamento ou estar morando junto. Isso deve-se à liberdade que elas adquiriram e é uma realidade inclusive nos grandes centros", finaliza Marzano.

 




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