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Corpos de diplomatas mortos em Bagdá chegam a Tóquio
Por Da EFE
04/12/2003 | 11:36
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Os corpos dos dois diplomatas japoneses mortos em um atentado no norte de Bagdá, no último fim de semana, chegaram nesta quinta-feira a Tóquio. Apesar do incidente, o governo reafirmou sua intenção de enviar um contingente militar ao país árabe.

A ministra das Relações Exteriores do Japão, Yoriko Kawaguchi, encabeçou uma delegação oficial que recebeu no aeroporto os restos de Katsuhiko Oku, 45 anos, conselheiro da embaixada japonesa em Londres, e o terceiro secretário da legação japonesa em Bagdá, Masamori Inoue, 30 anos.

Os corpos chegaram a bordo de um avião da JAL acompanhados de vários de seus familiares que tinham ido ao Kuwait, para onde foram levados os dois diplomatas mortos após o ataque.

Em uma cerimônia sóbria, com a participação de dez oficiais da polícia, os caixões dos dois diplomatas foram levados em carros para o centro da cidade, onde serão realizadas as honras fúnebres no sábado.

O regresso das duas primeiras vítimas fatais do Japão no conflito iniciado em março passado acontece em meio à polêmica sócio-política sobre o envio de soldados japoneses ao Iraque para trabalhos de reconstrução do país.

Devido a restrições presentes na Constituição pacifista japonesa, os soldados têm acesso limitado a armas de fogo e só podem usá-las em ações de defesa própria.

Embora Tóquio tenha prometido um primeiro envio de efetivos, o que estava prestes a ocorrer antes do final deste ano, o atentado de 12 de novembro em Nassiriya, que causou a morte de 19 militares italianos, obrigou o adiamento do desdobramento.

O exército japonês terá sua base na cidade de Samawa, a cerca de 80 quilômetros de Nassiriya. A morte dos carabineiros italianos fortaleceu os argumentos dos que se opõem à participação japonesa no conflito.

Os planos de envio de soldados japoneses fez a rede terrorista internacional Al Qaeda ameaçar perpetrar atentados no centro de Tóquio.




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