A CIA também afirma que Osama Bin Laden, acusado de ser o mentor intelectual dos atentados de 11 de setembro de 2001 nos Estados Unidos, "tem um programa de pesquisa de armas biológicas mais sofisticado" do que se apurou anteriormente.

"A habilidade e a tecnologia aplicável nuclear, química, biológica e balística continuam se disseminando em escala mundial", disse a agência, em um informe enviado ao Congresso americano mês passado e publicado nesta terça-feira. O documento, que contém uma ampla revisão das preocupações mais prementes na segunda metade de 2001, também assinala que as tecnologias nucleares se expandiram tanto que, "de um ponto de vista técnico, uma proliferação complementar poderia permitir a produção de material fissíl suficiente para uma arma e desenvolver a capacidade destrutiva".

A avaliação foi revelada enquanto o governo do presidente George W. Bush ameaça travar uma guerra com o Iraque se este país não renunciar a suas supostas armas biológicas e químicas, além do seu suposto programa clandestino de armas nucleares. Washington também exige que a Coréia do Norte, suspeita de ter uma ou duas ogivas nucleares, abandone seu programa de expansão do seu arsenal.

Enquanto detalha os perigos provenientes do "eixo do mal", a CIA afirma que outras nações da lista do Departamento de Estado dos países que promovem o terrorismo também estão envolvidas em atividades semelhantes. Uma delas é a Líbia, que, segundo o informe, continua desenvolvendo sua infra-estrutura nuclear.

A Síria é suspeita de tentar adquirir materiais precursores e conhecimento para programas de armas químicas. A agência considera que "é altamente provável que a Síria também esteja desenvolvendo armas biológicas.

Quanto ao Sudão, a CIA disse que a nação leste-africana "está desenvolvendo há vários anos sua capacidade de produzir armas químicas, e pode estar interessada também em um programa de armas biológicas".