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Suspeitas de corrupção envolvem governo argentino em ano eleitoral
Por Da AFP
10/07/2007 | 18:06
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A descoberta de uma bolsa com dinheiro no gabinete da ministra de Economia e a denúncia por malversação e nepotismo contra outra alta funcionária envolvem o governo do presidente argentino Néstor Kirchner em suspeitas de corrupção a dias do lançamento oficial da candidatura da primeira-dama à presidência.

A ministra da Economia, Felisa Miceli, deverá explicar esta semana à Justiça sobre a bolsa com cerca de US$ 64 mil encontrada no banheiro de seu gabinete. O presidente Kirchner apoiou Felisa, e o governo se disse satisfeito com as explicações públicas da ministra de que teria deixado em seu escritório uma bolsa com dinheiro que lhe foi emprestado por seu irmão para uma operação imobiliária.

Tais explicações não afastaram as suspeitas sobre a ministra, e a oposição já anunciou que pedirá que compareça no Congresso para ser interpelada.

A chegada do caso à Justiça representa uma preocupação para o presidente argentino, em final de mandato e que se concentra agora no apoio à candidatura de sua mulher, a senadora Cristina Fernández.

A eventual renúncia da ministra, faltando tão pouco para o fim do governo Kirchner, também teria um custo político elevado, já que continua viva a lembrança da saída de outros dois funcionários envolvidos em um caso de suborno e sonegação de impostos ligado à empresa sueca Skanska.

A situação se complicou ainda mais nesta terça-feira com a apresentação de duas denúncias penais contra a secretária de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Romina Picolotti, por suspeita de malversação de fundos, nepotismo e gastos injustificados.

As acusações tomaram hoje forma de denúncia penal, após ocuparem as páginas dos jornais argentinos no sábado. Segundo as denúncias, a funcionária contratou familiares e amigos de forma irregular por quantias vultosas, desviou fundos e fez gastos injustificados, como o aluguel de aviões privados.




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