Secretário de Educação e vereador licenciado de Diadema, Marcos Michels (ainda no PV) decidiu ir mesmo ao PSB. A filiação deve acontecer até o fim do mês, para que haja tempo mínimo de construção de chapa de candidatos à Câmara na eleição de outubro.

Marcos dialoga com a cúpula do PSB desde o ano passado, mas impasse na sigla socialista causou inúmeros adiamentos do anúncio oficial de filiação.

A primeira grande crise do PSB foi quando o partido, que havia dado sinal positivo anteriormente, decidiu recuar e engavetar a candidatura própria do vereador Vaguinho do Conselho para apoiar a tentativa de reeleição do prefeito Lauro Michels (PV). A legenda se dividiu e a crise foi levada à direção estadual, que, em primeiro momento, não se pronunciou sobre o caso.

Vaguinho então optou por sair do PSB e migrar para o PRB, mesmo assim o impasse persistiu porque o outro vereador do partido na cidade, Célio Boi, queria apoio à pré-candidatura de Vaguinho. Houve intervenção estadual, nomeação de novo presidente, porém, se manteve o acirramento interno.

Na semana passada, Marcos se reuniu com o deputado estadual Caio França, quem tem liderado as costuras políticas na Região Metropolitana e na Baixada Santista. Decidiu, após a conversa, mudar mesmo para o PSB. Com a escolha, vai pressionar, agora internamente, para que a legenda esteja no arco de aliados de Lauro, seu primo.

Além de Marcos Michels, vão ao PSB o secretário de Esportes, Antônio Marcos Ferreira, o Marquinhos da Liga, o diretor de Cultura, Edvan Rodrigues de Souza, o Buiú (ex-prefeiturável pelo PMN), e os ex-candidatos Lima do Conselho e Deoclécio Martins (buscaram cadeira de vereador pelo PPS).

Com as filiações, o PSB espera eleger ao menos três vereadores na eleição de outubro. Além dos nomes ligados ao governo, a sigla deve apostar nas candidaturas à vereança de Manoel José da Silva, o Adelson, e Frank Miller, atual primeiro suplente do PSB.

Após o ingresso ao PSB, cúpula ligada a Lauro Michels terá de resolver o futuro de Célio Boi. Interlocutores do prefeito tentam convencer o vereador a apoiar a reeleição do chefe do Executivo, mas o parlamentar mantém postura de aderir à campanha de Vaguinho.